Tuesday, June 27, 2006

Dissolvendo os EUA

Como este blog se destina à descretinização nacional transcrevo aqui um excelente artigo do grande filósofo Olavo de Carvalho, publicado pelo Diário do Comércio em 23/06/2006.

Resumo: Só mesmo nesse templos da ignorância que são a universidade brasileira, a Folha de S. Paulo e a Escola Superior de Guerra pode haver ainda quem acredite que globalismo é "imperialismo americano".
© 2006 MidiaSemMascara.org

Entre os conservadores americanos, o escândalo do mês é o relatório do Council on Foreign Relations (CFR) que propõe – nada mais, nada menos – a abolição das fronteiras entre os EUA, o México e o Canadá. O plano seria implantado com rapidez fulminante. Por volta de 2010 a nação de Washington e Jefferson simplesmente teria deixado de existir, sendo substituída por uma "Comunidade Norte-Americana" multilíngue e sem identidade cultural.

O documento é de dois anos atrás: a novidade chocante é que o presidente Bush, discretamente, assinou em 2005 um acordo com os governos dos dois países vizinhos para implementá-lo. Ninguém até agora tinha prestado atenção nisso. E ninguém poderia imaginar que o governante eleito por uma maioria de conservadores e nacionalistas tivesse se deixado envolver tão profundamente numa trama globalista anti-americana.

A proposta é nitidamente inspirada na idéia do
velho Morgenthau, de chegar ao governo mundial por meio de sucessivas integrações regionais, e se harmoniza às mil maravilhas com a constituição simultânea de uma União das Repúblicas Socialistas Latino-Americanas , inevitavelmente mais dependente de ajuda internacional do que nenhum país capitalista jamais foi.

Só mesmo nesse templos da ignorância que são a universidade brasileira, a Folha de S. Paulo e a Escola Superior de Guerra pode haver ainda quem acredite que globalismo é "imperialismo americano". O relatório pode ser lido, na íntegra, no site
cfr.org.

***

Primeira Leitura fechou por falta de anunciantes, enquanto o governo alimentava com verbas oficiais uma revista de propaganda lulista. Tal é o estado de coisas na mídia nacional.

Trinta anos atrás, a distinção entre o jornalismo profissional e o subjornalismo de partido era um ponto de honra para os membros da classe. Cláudio Abramo, mais comunista que Che Guevara, jamais tentou transformar a Folha de S. Paulo num órgão de propaganda esquerdista. Roberto Marinho, um dos mentores do regime de 1964, protegia os comunas do Globo, porque sabia que colocavam a ética da profissão acima do partidarismo.

Hoje em dia um sujeito trabalha para o governo cubano, faz pregação comunista em panfletos eletrônicos com foice e martelo no logotipo, e não só é reconhecido como jornalista profissional mas também ganha um cargo na diretoria da ABI. Depois, chamado de "agente de influência", que é precisamente o que ele é, se finge de ofendido e processa o jornal que disse a verdade. Não sou de fazer alusões sem dar nome aos burros. Que tal "
Mário Augusto Jacobskind"?

Já tive meus
arranca-rabos com Janer Cristaldo, mas subscrevo integralmente o que ele disse no seu último artigo: "Jornalista que vende sua capacitação para ideologias ou partidos não passa de um venal. Uma vez que optou pela prostituição, deveria ser sumariamente excluído, e para sempre, das redações de jornal."

Na realidade do Brasil atual, excluídos são os outros. O próprio Janer, por exemplo.

1 comment:

Inanna said...

André,
Quero ler seu blog com toda atenção. Farei isso amanhã. Hj, ainda tenho que estudar pra prova de Psicometria, amanhã, às 7 da manhã. Tô que não me aguento mais! Vou ler e trocamos idéias, tá? Vou botar um link pra cá. bjo bjo