Monday, July 10, 2006

Achille Lollo - Por trás de Heloisa Helena e do PSOL

Bom dia. Volto a postar contra esta praga chamada PSOL, a sigla partidária que surge no cenário nacional como cura para o Brasil, simbolizado por sua estrela maior, a senadora-governanta Heloisa Helena.

O Grupo PRAXIS, que se intitula uma “corrente revolucionária do PSOL” é vinculado ao grupo internacional Socialismo ou Barbárie. Uma de suas figuras de relevo é o revolucionário italiano Achille Lollo. Sobre o grupo PRAXIS há pouco a dizer, por enquanto. Mas o que se sabe sobre Achille Lollo dá uma idéia do que representa o PRAXIS.

Achille Lollo é um foragido da Justiça italiana, condenado a 18 anos de reclusão por ter queimado vivas duas pessoas de uma mesma família, Virgilio Mattei, de 22 anos, e Stefano Mattei, de 8 anos. Na noite de 16 de abril de 1973, em Bologna, Achille Lollo e dois comparsas despejaram galões de gasolina por sob a porta de entrada do modesto apartamento onde moravam as vítimas, com o objetivo de liquidar com a família Mattei. Na época, Virgilio Mattei era militante do Movimento Sociale Italiano, tido como neofascista, e Achille Lollo era militante da facção Poder Operário, de esquerda e anti-fascista. Recorde-se que, nessa época, a Itália vivia os chamados “anos de chumbo” em face do terrorismo promovido pelas Brigadas Vermelhas, que contavam com a simpatia do Poder Operário.

Achille esteve preso no Brasil, em 1993, por alguns meses mas teve negado pelo STF o pedido de extradição feito pela Itália, sob o argumento de seus advogados, aceito pelo STF, de que Achille Lollo havia cometido um crime político.

Finalmente, o que pensar de um partido que acolhe Achille Lollo como seu militante? Mais ainda: como dirigente de uma corrente?

Assim como o Partido dos Trabalhadores tem o MST como aliado, o PSOL também tem seu braço na área rural: o Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL), fundado em 18 de agosto de 2002, em Goiânia/GO, resultante da unificação do Movimento de Luta Socialista (MLS), Movimento de Libertação dos Sem Terra de Luta (MLST de Luta) e Movimento dos Trabalhadores (MT). No Manifesto de Fundação, o MTL deixa clara aos analistas a sua vinculação ao PSOL e ao trotskismo internacional, quando assinala:

“(...) Afirmamos o socialismo como estratégia; lutamos por um novo socialismo, um socialismo com liberdade; entendemos a construção de um novo socialismo como uma tarefa que extrapola as fronteiras de uma só Nação (...)”.

Desde sua fundação, o MTL, a pretexto de fazer a reforma agrária, à semelhança de uma quadrilha organizada, promoveu a invasão de diversas fazendas, principalmente no Triângulo Mineiro e em Pernambuco, interditou rodovias e ferrovias, promoveu passeatas e apoderou-se de sedes do INCRA. Uma delas, em Recife, em 15 de abril de 2004 que somente desocupou após 25 dias. O surgimento do Partido Socialismo e Liberdade representou, é verdade, uma amarga derrota para o PT. Todavia, pelo que se conhece até agora o PSOL não passa de uma mera justaposição oportunista de tendências, algumas mais à esquerda que outras, com estratégias e programas inconciliáveis que seguramente se digladiarão dando lugar a outras tendências e frações. Alguns desses grupos propõem “forjar uma alternativa política e econômica para o país”, ou seja, atuar dentro da institucionalidade vigente, sem ruptura, enquanto outros afirmam que lutarão para que “os trabalhadores e as massas oprimidas tomem o Poder”.

Finalmente, leiam o artigo 21 do Programa do PSOL apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral que o aprovou e que resultou na sua legalização como partido político:

“A luta da classe trabalhadora é internacional. Em defesa da solidariedade e da coordenação das lutas latino-americanas. Defendemos a articulação política dos socialistas e internacionalistas de todos países, o apoio às lutas e a busca constante de uma coordenação das mesmas. Pela unidade dos trabalhadores e do povo da América Latina. Pela Federação das Repúblicas da América Latina! Contra toda e qualquer intervenção imperialista na América Latina e no mundo, seja na Colômbia, na Venezuela, no Iraque ou na Palestina. Contra a vergonhosa intervenção do Brasil no Haiti, cumprindo o papel de tropas auxiliares dos Estados Unidos. Consideramos decisiva a construção de uma frente de ação, política e social, que busque articular para a luta os movimentos e as forças sociais anti-imperialistas no nosso continente. Na luta contra o imperialismo estamos pela mais ampla unidade de ação com todas as forças que estejam dispostas a uma ação concreta contra o mesmo”.

1 comment:

Anonymous said...

Se alguém tinha dúvida do comprometimento do PSOL com a construção de uma futura ditadura comunista na América Latina, não pode ter mais.