A mais nova decisão - e uma das mais bizarras - que o Supremo Tribunal Federal teve a cara-de-pau de promulgar é a tal da Restrição ao Uso de Algemas. Segundo a instituição, os criminosos só poderão ter as mãos algemadas em casos excepcionais, quando representarem uma ameaça concreta à segurança alheia. Isso inclue as ações policiais, o transporte de presos e julgamentos.
Parece que todo esse debate veio à tona quando um pedreiro de Laranjal, interior de São Paulo, condenado por homicídio triplamente qualificado, foi julgado de algemas, fato que, segundo o pobrezinho do pedreiro, o expôs ao constrangimento e influenciou negativamente o júri popular local. Ou seja, se não tivesse sido julgado de algemas, ele acredita que teria sido inocentado, já que era o júri de uma pacata cidade de interior. Não só ele pensa assim, veja só: Um ministro do STF resolveu fazer uma defesa incisiva do inocente pedreiro, alegando que o uso das algemas tem efeito sobre a opinião de quem está julgando o réu em questão. Por incrível que pareça, a aceitação do argumento do tal ministro foi unânime na Corte, inclusive tendo o pedido de anulação do julgamento do pobrezinho do pedreiro - um assassino frio e cruel - por ninguém menos do que o Procurador-Geral da República, que diga-se de pssagem, também criticou severamente as algemas do banqueiro Daniel Dantas, Paulo Maluf e o do ex-senador Jader Barbalho.(!)
Está certo então. Realmente bandidos como Daniel Dantas, Paulo Maluf, Nadji Nahas, Jader Barbalho, Salvatore Cacciola, Sérgio Naya e tantos milhões de outros, não representam de forma alguma uma ameaça a segurança. Claro. Todos eles possuem cara de pessoas de bem, mansas, esbajam simpatia e bom mocismo com gestos e trejeitos típicos de quem teve ótima educação. A aparência de calma e tranquilidade se deve principalmente à enorme quantia de dinheiro ilícito que todos eles mantém em suas diversas aplicações e negócios exclusos que quintuplicam a cada minuto que passa. Graças também às centenas de viagens pelas mais sofisticadas cidades do mundo financiadas com dinheiro alheio. Sim, pois quem saboreia os melhores vinhos - e mais caros - e as melhores comidas do mundo; degusta os melhores charutos e dirige os melhores e mais modernos carros que existem, tem sim, de ter uma cara boa, não é verdade? Quem é que representaria uma ameaça tendo uma vida tão pacata assim? De fato, a opinião pública não pode se deixar levar por uma imagem negativa que uma algema traria a um escróque desses. Sujaria a sua bela imagem.
A julgar pela aparência, quem é que julgaria mal uma empresária - como tantos outros - tão bem sucedida como a então presidente de uma empresa que trabalhei há alguns anos atrás? Comedida, sempre vestindo grifes famosas, tinha uma fisionomia tranquila e feliz, principalmente após as viagens à Roma, New York e Paris que fazia todo mês, graças provavelmente ao grande "lucro" obtido através das contratações ilícitas e mais outras mil maracutaias que praticava - e pratica - diariamente em sua empresa. A cada mês ela e seus sócios roubam literalmente uma grande quantia de dinheiro de cada "funcionário" seu, enquanto posam para revistas como "grandes empresários", com as caras mais lavadas do mundo. Se beneficiar de dinheiro alheio é roubo, e então, como os figurões acima, ela e seus sócios, só precisam de uma coisa: algemas.
Mas com a nova visão do STF, o uso das algemas só encontrará sentido no criminoso pobre que, esfomeado, sujo e maltrapilho, rouba um tablete de manteiga no supermercado. Nele as algemas comporiam um belo quadro e em nada estariam interferindo no bom juízo da opinião pública, já que gente desesperada para comer ou alimentar um filho já é por si só uma imagem muito desagradável para a torpe classe média brasileira. E um perigoso criminoso como esse representaria sim, uma grande ameaça a segurança!
De todo o bolo da canalhice nacional, o Poder Judiciário é para mim a fatia mais podre, abominável, vergonhosa e a mais corrompida de todas. Pior: sendo intocável, se vê acima do bem e do mal, quase perto de Deus. Que 99% dos magistrados brasileiros são diferentes apenas no preço da propina, isso já é sabido. Mas até 2007 nunca se havia tido notícia de um alto ministro do poder judiciário que estivesse envolvido com corrupção. Foi quando a Operação Furacão da Polícia Federal fisgou o então ministro Paulo Medina (e mais não sei quantos juízes), do Superior Tribunal de Justiça. Medina foi flagrado através de um grampo telefônico que provou seu envolvimento com a máfia do caça-níqueis. Preste atenção para ver se você se espanta: Um ministro do STJ envolvido com quadrilha de máquinas caça-níquel.
Até hoje o ex-ministro, apesar de todas as evidências e provas, não foi preso. E nunca será no Brasil. Mas uma coisa você pode ter certeza: se um dia ele for de fato preso, jamais usará algemas, pois a opinião pública poderá julgá-lo mal e de repente acreditar que ele realmente é um criminoso.
Algemas para quem precisa de algemas.
Friday, August 29, 2008
Wednesday, August 27, 2008
Manifesto aos Fracos!
Além da burrice brasileira, que continua crescendo a cada dia que passa, uma das coisas que mais odeio é GENTE QUE NÃO TOMA PARTIDO. Aquele tipo de pessoa que não suporta a idéia de se envolver com nada. Gente que não tem posicionamento, opinião e que morre de medo de se comprometer com qualquer coisa que diga ou faça.
Ou seja, gente fraca. E eu odeio gente fraca. Nosso país está cheio de gente assim, para não dizer a esmagadora maioria. Por onde você olhar certamente vai encontrar esse exemplo patético de ser humano.
Mas quando eu falo em tomar partido não estou fazendo apologia a nenhum grupo esquerdopata que passa o ano inteiro levantando bandeiras e gritando palavras de guerra em plena Avenida Rio Branco tumultuando a vida de todo mundo. Isso é pura demagogia, oportunismo, palhaçada.
Tomar partido é algo bem diferente: é se posicionar. É estar sempre pronto a reagir sem medo frente a uma situação que demande uma atitude, uma palavra ou uma opinião sincera, sem temer se comprometer. É não permitir ser enganado, desrespeitado ou explorado por quem quer que seja e por qualquer que seja o motivo. É ter dignidade. É não tolerar mau caratismo. É presenciar uma injustiça e ter a coragem de se posicionar. É exercer o direito de ser gente de bem e fundamentalmente cidadão.
Por isso acho lamentável essa indolência brasileira. E não falo só da população de baixa renda; falo principalmente da classe média, que tem muito mais obrigação de tomar partido, pois tem informação; entretanto se mostra tão hipócrita e negligente que me dá asco.
Basta ver a quantidade de profissionais liberais que trabalham em empresas que se negam a cumprir a legislação trabalhista na contratação de seus funcionários, os obrigando a uma rotina diária quase escrava, com o único intuito de aumentar os "ganhos" de forma ilícita. Quantos desses funcionários processam estas empresas fraudulentas e criminosas? Quantos desses profissionais se posicionam e reagem a estas maracutaias e à falta de respeito profissional? Quantos procuram se informar sobre os próprios direitos para não serem feitos de idiotas? Muitas e muitas empresas atualmente vêm tendo "lucros" estratosféricos apenas burlando as leis do trabalho com "propostas" falsamente vantajosas para o contratado.
Recentemente fiquei pasmo quando descobri que um antigo colega que trabalhou comigo numa dessas empresas fraudulentas, de onde foi mandado embora da noite para o dia sem nenhum direito trabalhista, havia recebido um convite para que voltasse à empresa. A história é mais ou menos assim: o cara é descartado como uma lata vazia, sumariamente e sem nenhuma garantia trabalhista; e depois de ter passado pelo sufoco de arranjar outro emprego, já assentado, recebe um convite para voltar à mesma empresa que o sacaneou e que ele bem sabe não valer o ar que ela respira. E mesmo assim ... ele aceita voltar, acreditando - de novo! - estar fazendo um grande negócio. Aí eu fico pensando: por que um profissional esclarecido e talentoso como este meu ex colega aceita de novo uma situação como essa? Ou esse sujeito é um otário, um louco ou então está indo fazer parte do esquemão. Mais: onde é que ele guarda o seu orgulho, a sua moral, sua auto-estima ou o seu senso de justiça? Ou será que ele nem tem mais nada disso? A verdade é que alguém como ele não só merece a empresa onde trabalha, como também merece ser explorado e desrespeitado. E a empresa por sua vez precisa desse tipo de idiota para atingir seus objetivos sórdidos. Basta oferecer mais alguns centavos e um coitado como esse vende a sua dignidade bem barato. Esta é a matemática.
É o mesmo tipo de pessoa que em cada eleição diz com aquela arrogãncia malandra tipicamente brasileira: "Qualquer um que subir vai roubar mesmo...então vou votar em um que rouba, mas faz!" E dá aquela risadinha superior, se achando um exemplo de esperteza. Pois eu acho o exemplo mais nítido do nível da imbecilidade a que chegamos. Além do fato de os políticos se apropriarem do dinheiro público - que é meu, seu e do imbecil - não incomodar mais ninguém, o brasileiro não sente mais nenhuma responsabilidade, nenhum incômodo, nenhuma culpa em elegê-los e compactuar com a podridão nacional. Ao contrário, sente até orgulho. Possivelmente gostaria de estar no lugar do político corrupto.
Para mim é muito simples: lugar de salafrário, seja ele empresário fraudulento ou político patife, é na cadeia. E lugar de gente fraca que ajuda a mantê-los e não toma partido, é na pqp!
Ou seja, gente fraca. E eu odeio gente fraca. Nosso país está cheio de gente assim, para não dizer a esmagadora maioria. Por onde você olhar certamente vai encontrar esse exemplo patético de ser humano.
Mas quando eu falo em tomar partido não estou fazendo apologia a nenhum grupo esquerdopata que passa o ano inteiro levantando bandeiras e gritando palavras de guerra em plena Avenida Rio Branco tumultuando a vida de todo mundo. Isso é pura demagogia, oportunismo, palhaçada.
Tomar partido é algo bem diferente: é se posicionar. É estar sempre pronto a reagir sem medo frente a uma situação que demande uma atitude, uma palavra ou uma opinião sincera, sem temer se comprometer. É não permitir ser enganado, desrespeitado ou explorado por quem quer que seja e por qualquer que seja o motivo. É ter dignidade. É não tolerar mau caratismo. É presenciar uma injustiça e ter a coragem de se posicionar. É exercer o direito de ser gente de bem e fundamentalmente cidadão.
Por isso acho lamentável essa indolência brasileira. E não falo só da população de baixa renda; falo principalmente da classe média, que tem muito mais obrigação de tomar partido, pois tem informação; entretanto se mostra tão hipócrita e negligente que me dá asco.
Basta ver a quantidade de profissionais liberais que trabalham em empresas que se negam a cumprir a legislação trabalhista na contratação de seus funcionários, os obrigando a uma rotina diária quase escrava, com o único intuito de aumentar os "ganhos" de forma ilícita. Quantos desses funcionários processam estas empresas fraudulentas e criminosas? Quantos desses profissionais se posicionam e reagem a estas maracutaias e à falta de respeito profissional? Quantos procuram se informar sobre os próprios direitos para não serem feitos de idiotas? Muitas e muitas empresas atualmente vêm tendo "lucros" estratosféricos apenas burlando as leis do trabalho com "propostas" falsamente vantajosas para o contratado.
Recentemente fiquei pasmo quando descobri que um antigo colega que trabalhou comigo numa dessas empresas fraudulentas, de onde foi mandado embora da noite para o dia sem nenhum direito trabalhista, havia recebido um convite para que voltasse à empresa. A história é mais ou menos assim: o cara é descartado como uma lata vazia, sumariamente e sem nenhuma garantia trabalhista; e depois de ter passado pelo sufoco de arranjar outro emprego, já assentado, recebe um convite para voltar à mesma empresa que o sacaneou e que ele bem sabe não valer o ar que ela respira. E mesmo assim ... ele aceita voltar, acreditando - de novo! - estar fazendo um grande negócio. Aí eu fico pensando: por que um profissional esclarecido e talentoso como este meu ex colega aceita de novo uma situação como essa? Ou esse sujeito é um otário, um louco ou então está indo fazer parte do esquemão. Mais: onde é que ele guarda o seu orgulho, a sua moral, sua auto-estima ou o seu senso de justiça? Ou será que ele nem tem mais nada disso? A verdade é que alguém como ele não só merece a empresa onde trabalha, como também merece ser explorado e desrespeitado. E a empresa por sua vez precisa desse tipo de idiota para atingir seus objetivos sórdidos. Basta oferecer mais alguns centavos e um coitado como esse vende a sua dignidade bem barato. Esta é a matemática.
É o mesmo tipo de pessoa que em cada eleição diz com aquela arrogãncia malandra tipicamente brasileira: "Qualquer um que subir vai roubar mesmo...então vou votar em um que rouba, mas faz!" E dá aquela risadinha superior, se achando um exemplo de esperteza. Pois eu acho o exemplo mais nítido do nível da imbecilidade a que chegamos. Além do fato de os políticos se apropriarem do dinheiro público - que é meu, seu e do imbecil - não incomodar mais ninguém, o brasileiro não sente mais nenhuma responsabilidade, nenhum incômodo, nenhuma culpa em elegê-los e compactuar com a podridão nacional. Ao contrário, sente até orgulho. Possivelmente gostaria de estar no lugar do político corrupto.
Para mim é muito simples: lugar de salafrário, seja ele empresário fraudulento ou político patife, é na cadeia. E lugar de gente fraca que ajuda a mantê-los e não toma partido, é na pqp!
Monday, August 25, 2008
Tuesday, August 19, 2008
Esse eu indico: "Sexo, Drogas e Rolling Stones" - José Emilio Rondeau e Nelio Rodrigues
Olhaí pessoal, mais uma boa leitura para os aficcionados - como eu - em música e literatura. Mais precisamente em rock´n´roll. Ou melhor... nos Rolling Stones.
Este belo trabalho do jornalista expert em Stones, José Emilio Rondeau; e do biólogo - sim, um biólogo! - e pesquisador Nélio Rodrigues conta toda a trajetória da "Maior Banda de Rock do Mundo" através de relatos, notas da imprensa do mundo todo, entrevistas, depoimentos e da própria experiência que os dois tiveram ao lado dos Stones, inclusive nas idas e vindas de Mick Jagger, Keith Richards e Charlie Watts ao Brasil. Uma leitura deliciosa, empolgante; recheada de imagens e fotos raras, além das resenhas e notas.
O melhor trabalho sobre os eternos Rolling Stones, que em plenos 40 anos de carreira provam que não estão aqui apenas para tocar rock´n´roll, mas para continuar escrevendo a história da música mundial com genialidade, criatividade, personalidade e vitalidade inesgotáveis. Atenção a bela programação visual do livro.
Este belo trabalho do jornalista expert em Stones, José Emilio Rondeau; e do biólogo - sim, um biólogo! - e pesquisador Nélio Rodrigues conta toda a trajetória da "Maior Banda de Rock do Mundo" através de relatos, notas da imprensa do mundo todo, entrevistas, depoimentos e da própria experiência que os dois tiveram ao lado dos Stones, inclusive nas idas e vindas de Mick Jagger, Keith Richards e Charlie Watts ao Brasil. Uma leitura deliciosa, empolgante; recheada de imagens e fotos raras, além das resenhas e notas.
O melhor trabalho sobre os eternos Rolling Stones, que em plenos 40 anos de carreira provam que não estão aqui apenas para tocar rock´n´roll, mas para continuar escrevendo a história da música mundial com genialidade, criatividade, personalidade e vitalidade inesgotáveis. Atenção a bela programação visual do livro.
Tuesday, August 12, 2008
"O Retorno à Rua Principal"
Vou direto ao assunto: "Exile On Main Street", um dos melhores CDs dos Stones.
Este CD (também tenho o vinil) de 1972, marca o retorno dos Stones à sua rua principal: o rythm ´n ´ blues. Ao mesmo tempo “Exile on main St.” é uma viagem a algo nunca antes visto, e que, provavelmente, nunca mais será visto. Na época das gravações desse disco, os Stones tiveram o ápice do seu consumo de drogas, alguns estavam num processo de autodestruição, outros, no momento mais alto de sua criatividade.
Este trabalho, criativo e de excelente qualidade, conta com a participação do pródigo Mick Taylor, o guitarrista que substituiu Brian Jones depois que este foi demitido da banda e morreu de overdose.
Canções como "Rock Off" - para mim a melhor do CD - e "Trumbling Dice" são simplesmente sensacionais. Verdadeiras pérolas. As acústicas “Sweet Virginia”, “Torn and frayed” e “Sweet black Angel” também são o que há de melhor no estilo negro do sul dos EUA, blues ótimos, perfeitos. Encontramos até o gospel “Shine a light”, também igualmente perfeita. Entre outras maravilhas.
“Exile on main St.” é um CD insuperável, diferente de tudo que os Stones fizeram antes e depois. Um CD para todos aqueles que são fãs reais dos Stones.
Fiquem com "Sweet Virginia", uma das melhores atrações do CD:
Compre o seu aqui!
Este CD (também tenho o vinil) de 1972, marca o retorno dos Stones à sua rua principal: o rythm ´n ´ blues. Ao mesmo tempo “Exile on main St.” é uma viagem a algo nunca antes visto, e que, provavelmente, nunca mais será visto. Na época das gravações desse disco, os Stones tiveram o ápice do seu consumo de drogas, alguns estavam num processo de autodestruição, outros, no momento mais alto de sua criatividade.
Este trabalho, criativo e de excelente qualidade, conta com a participação do pródigo Mick Taylor, o guitarrista que substituiu Brian Jones depois que este foi demitido da banda e morreu de overdose.
Canções como "Rock Off" - para mim a melhor do CD - e "Trumbling Dice" são simplesmente sensacionais. Verdadeiras pérolas. As acústicas “Sweet Virginia”, “Torn and frayed” e “Sweet black Angel” também são o que há de melhor no estilo negro do sul dos EUA, blues ótimos, perfeitos. Encontramos até o gospel “Shine a light”, também igualmente perfeita. Entre outras maravilhas.
“Exile on main St.” é um CD insuperável, diferente de tudo que os Stones fizeram antes e depois. Um CD para todos aqueles que são fãs reais dos Stones.
Fiquem com "Sweet Virginia", uma das melhores atrações do CD:
Compre o seu aqui!
Wednesday, August 06, 2008
O Clube da Luta
Na mesma - e ingrata - missão de revelar às almas um universo anti-burrice e anti-idiotice, vamos falar de cinema. Talvez seja possível que seu conhecimento e gosto para cinema se resumam a coisas como "Free Willy", "Aracnofobia", "Titanic" ou "Uma Linda Mulher". Mas ok, sempre é tempo de acordar desse mundo subcultural. Vamos lá.
Essa semana revi um filme que considero excelente e perigoso: "The Fight Club" (O Clube da Luta), de 1999. Mas somente para pessoas que não estão dispostas a pensar, a sair da superficialidade e explorar a avalanche de idéias que o filme proprociona.
Se analisarmos este filme de maneira superficial, veremos que violência e terrorismo são maneiras corretas de se mudar algo, como a sociedade atual. Um erro grave de interpretação. Mas, se formos mais a fundo (e é isso que o filme propõe) veremos que toda a violência mostrada em Clube da Luta é resultado da demência de um único homem.
A atmosfera de Fight Club é estranha. Todo o clima do filme é um misto de profunda psicopatia aliado a claras mensagens de anti-cunsumismo. Tyler Durden, personagem principal do livro do brilhante Chuck Palahniuk, e vivido talentosamente na pele de Brad Pitt, é uma mistura de filósofo anti-capitalista, louco e arruaceiro, que além de criar um clube de porradaria nos porões de uma cidade americana, revela seus objetivos através de máximas ousadas e contundentes:
"Liberdade é perder toda a esperança."
Nada é estático. Até a Mona Lisa está se desintegrando.
Só depois de perder tudo você vai fazer o que quiser se as pessoas achassem que você ia morrer, davam-lhe toda a atenção, se fossem vê-lo pela última vez, elas realmente o viam.
Você não é o que faz para viver. Você não é a sua família e não é quem pensa que é. Você não é o seu nome.Você não é os seus problemas. Você não é a idade que tem. Você não é suas esperanças.
Tudo o que você mais ama o rejeitará ou morrerá. Tudo o que você já criou será jogado fora.Tudo de que você mais se orgulha terminará em lixo. Sou Ozymandias, o rei dos reis.
Um filme excelente, ousado, com um belo roteiro e direção de arte. Sem falar na genialidade ínterpretativa de Edward Norton, um dos melhores atores de sua geração, sem sombra de dúvida.
Fight Club é um filme sombrio, violento, mas estranhamente profundo. Vale a pena ser visto e revisto. Um dos melhores filmes da década.
Essa semana revi um filme que considero excelente e perigoso: "The Fight Club" (O Clube da Luta), de 1999. Mas somente para pessoas que não estão dispostas a pensar, a sair da superficialidade e explorar a avalanche de idéias que o filme proprociona.
Se analisarmos este filme de maneira superficial, veremos que violência e terrorismo são maneiras corretas de se mudar algo, como a sociedade atual. Um erro grave de interpretação. Mas, se formos mais a fundo (e é isso que o filme propõe) veremos que toda a violência mostrada em Clube da Luta é resultado da demência de um único homem.
A atmosfera de Fight Club é estranha. Todo o clima do filme é um misto de profunda psicopatia aliado a claras mensagens de anti-cunsumismo. Tyler Durden, personagem principal do livro do brilhante Chuck Palahniuk, e vivido talentosamente na pele de Brad Pitt, é uma mistura de filósofo anti-capitalista, louco e arruaceiro, que além de criar um clube de porradaria nos porões de uma cidade americana, revela seus objetivos através de máximas ousadas e contundentes:
"Liberdade é perder toda a esperança."
Nada é estático. Até a Mona Lisa está se desintegrando.
Só depois de perder tudo você vai fazer o que quiser se as pessoas achassem que você ia morrer, davam-lhe toda a atenção, se fossem vê-lo pela última vez, elas realmente o viam.
Você não é o que faz para viver. Você não é a sua família e não é quem pensa que é. Você não é o seu nome.Você não é os seus problemas. Você não é a idade que tem. Você não é suas esperanças.
Tudo o que você mais ama o rejeitará ou morrerá. Tudo o que você já criou será jogado fora.Tudo de que você mais se orgulha terminará em lixo. Sou Ozymandias, o rei dos reis.
Um filme excelente, ousado, com um belo roteiro e direção de arte. Sem falar na genialidade ínterpretativa de Edward Norton, um dos melhores atores de sua geração, sem sombra de dúvida.
Fight Club é um filme sombrio, violento, mas estranhamente profundo. Vale a pena ser visto e revisto. Um dos melhores filmes da década.
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