Wednesday, December 10, 2008

Dia do Palhaço



Para quem não sabe, hoje é o Dia do Palhaço. E para comemorar em alto estilo, os maiores palhaços do mundo foram às ruas numa enorme manifestação populista e demagógica, cheia de idiotices, com momentos de corrupção desenfreada, autoritarismo, mil asneiras e muita, mas muita palhaçada!

O ponto alto foi quando os palhaços riram da cara da população, quase toda latina; e a população por sua vez, deu seu voto de confiança na palhaçada.

A passeata terminou num banco, onde os palhaços foram checar suas contas bancárias. Na verdade a direção da manifestação disse que os palhaços tinham receio de tudo acabar na cadeia mais próxima, porém tudo correu bem, e a palhaçada seguiu por toda América Latrina.

Wednesday, September 17, 2008

A ditadura Petista disfarçada

Deu no O Globo de hoje:

Mangabeira quer obrigar jovens a prestar serviço social

BRASÍLIA - O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, defendeu nesta terça-feira que os jovens de 18 anos que forem dispensados do serviço militar obrigatório sejam enviados ao interior do país, para serem aproveitados no serviço social obrigatório. A idéia faz parte do Plano Nacional de Defesa, elaborado por Mangabeira e pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. Se o jovem dispensado do alistamento militar estiver fazendo curso superior, ele seria encaminhado para algum trabalho em sua área de atuação. (...)

Segundo ele, nesse sistema, até as mulheres seriam obrigadas a servir. Para o professor Gilberto Garcia, presidente do Conselho de Reitores das Universidades, a idéia é boa, mas há uma preocupação sobre os custos envolvidos na proposta. (...)

- Se (esses serviços) pudessem se casar com os programas sociais que as universidade já têm seria ótimo, porque baixaria os custos para o governo e para as universidades - sugeriu.




Inacreditável. Vamos ler da forma correta:

"O governo quer obrigar os jovens brasileiros com 18 anos a trabalhar de graça, longe de casa, para que o governo economize no social e tenha mais dinheiro em caixa para pagar o funcionalismo público e seus mensalões."

Enfim, é o des-governo do PT, em sua gestão corrupta, demagógica e populista. Finalmente mostrando a que veio: ditadura.

Tuesday, September 16, 2008

E a ministra chora...

Deu no Yahoo Notícias:
"Dilma chora durante homenagem a vítimas da ditadura"
Acompanhada do prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), que assim como Dilma pegou em armas para enfrentar os militares, a ministra se emocionou ao classificar todos os jovens que morreram nos combates como "heróis".

"Há uma perda para o país quando essa experiência de uma juventude que se jogou na luta democrática é perdida por morte", disse Dilma, com lágrimas nos olhos, em seu discurso."
(...)


Só gostaria de lembrar à Sra. Ministra que quem pegou em armas durante o governo militar estava bem longe de lutar em prol de um regime democrático. Essas pessoas que morreram e que hoje são vistas como heróis, foram inspiradas por regimes mais sanguinários e mais totalitários do que o nosso regime na época. O objetivo era somente derrubar o governo para impôr uma outra ditadura, mais sangrenta, mais radical, acabando de vez com o estado de direito, nos moldes de Cuba, China e URSS. O próprio dirigente do PCdoB na época assumiu publicamente esta intenção.

E logo a ministra Dilma... ela que é modelo de arrogância, autoritarismo e falta de coragem. Igualzinho aos figurões do regime militar, que a exemplo da ministra, nada conheciam sobre o Brasil.

O resultado catastrófico das ditaduras comunistas estão aí: miséria, fome, corrupção, violência, sangue, prisões, e um saldo de 118 milhões de mortes, incluindo mulheres e crianças. Nenhum regime capitalista no mundo, por mais desigual que seja ou que tenha sido, produziu tantas mortes, tanto atraso de vida e tanta crueldade. Depois dizem que o capitalismo é o mal da humanidade.

Hoje as pessoas ignorantes choram por esses guerrilheiros e olham a história do Brasil com olhos equivocados. É fato que o brasileiro não gosta de ler e não se importa em conhecer nada sobre seu próprio país, ao contrário dos americanos e até dos argentinos, que dão um banho de cultura na brasileirada. Daí a opinião de que indivíduos como Lamarca foram heróis.

Do mesmo jeito olham o velho desmiolado Fidel Castro e seus filhotes Chavez e Morales, como ícones da justiça social e da resistência contra o "nefasto império americanista", quando na verdade são perfeitos exemplos de demagogia, corrupção, ditadura e populismo, agentes da própria decadência da américa latina.

Tudo isso por falta de informação.

Se você quer saber um pouco mais sobre a ditadura militar no Brasil, com um olhar imparcial e altamente esclarecedor, recomendo a leitura destes 4 volumes do Helio Gaspari: A Ditadura Envergonhada, A Ditadura Escancarada, A Ditadura Encurralada e A Ditadura Derrotada. Ao contrário do que sempre se ensinou, a ditadura no Brasil acabou por decisão dos próprios militares e não por pressão de pequenos grupos de extrema esquerda como o MR8 e PCdoB, que na verdade foram pulverizados facilmente pelo governo. O perfil de cada personagem, o panorama político, econômico e social da época e mais um monte de detalhes sórdidos, tudo isso está nestes volumes.

E para se ter uma perfeita visão do fenômeno populista da américa latina, complemente sua leitura com "A Volta do Idiota", um ótimo livro escritos por latinos, para latinos e contra o populismo.

Se estes livros não abrirem sua mente para a realidade, o jeito é se conformar: você é um idiota.

Thursday, September 04, 2008

Tempos inúteis

Os tempos atuais são repletos de decadência, miséria, fome, superficialidade, futilidade, violências de todo tipo, injustiças, desespero. É como vejo o mundo de hoje. Ninguém melhor que Carlos Drummond de Andrade, um dos meus poetas e pensadores preferidos, para ilustrar os dias que vivemos. Sua visão atemporal e seu pensamento pétreo, porém profundo diz tudo.


Os Ombros que Suportam o Mundo

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.

Wednesday, September 03, 2008

Esquizofrenia Feminina

Um importante site da internet realizou uma pesquisa com 245 homens entre 25 e 45 anos no Brasil e em outros países, e vejam só os resultados sobre as Principais Queixas dos Homens sobre as mulheres:

1)Queixam-se do fraco sentido de orientação das mulheres;
2)Da sua paixão pelas compras;
3)Falam demasiado;
4)Perdem nos promenores das conversas e depois não vão ao fundo da questão;
5)Não tomam iniciativa no sexo;
6)Insistem em querer mudar os homens e principalmente de os obrigarem a apanhar a roupa "precisamente agora".


Reparem que ao contrário do que as mulheres acreditam, não há sequer uma queixa sobre celulite ou estria, monstros que aterrorizam o universo feminino. Isso prova que a cobrança estética da qual as mulheres se queixam parte delas próprias.

O item 6 para mim é o que mais caracteriza a esquizofrenia feminina: elas se acham donas das vidas dos homens, e se sentem no direito de querer modificá-los ao seu bel prazer, para se aproximar da imagem do homem perfeito sempre presente em seus sonhos. Algumas até vão fundo nessa tentativa acabam conseguindo, se sentindo vitoriosas. O problema é que no minuto seguinte, elas perdem o interesse pelo cara e resolvem deixá-lo. Já vi muitas mulheres reclamando que seus homens não são sensíveis e delicados, por exemplo. E algumas delas, depois que seus homens resolvem se modificar para agrada-las, acabam se queixando que os mesmos não tem personalidade(!). Vai entender?

Fato é que mulheres tem um discurso A e uma prática B. Sempre. Coerência é uma palavra totalmente inexistente no dicionário feminino, portanto nunca perca seu tempo tentando entendê-las ou descobrir o que elas querem. Aliás, o que elas ACHAM que querem, porque nem isso elas têm certeza. Vai depender do momento, do tempo, da lua, da TPM ou então do contra-cheque do cara. :) Brincadeira. Se nem Freud conseguiu descobrir o que querem as mulheres, como é que nós, simples mortais masculinos poderíamos saber? O mais trágicômico de tudo é que elas empurram para nós a obrigação impossível de saber o que elas querem, e por isso somos sempre taxados de insensíveis e burros. Aliás, burros nós somos mesmo. Simples, previsíveis e tremendamente burros. O erro é delas em querer que sejamos diferentes, conforme os seus sonhos e devaneios.

E para finalizar, veja também que nós não somos nada exigentes em relação a elas. Foram menos de 10 queixas! Agora imagina se a pesquisa fosse feita com mulheres sobre suas queixas em relação aos homens, não haveria scroll suficiente para postar todas aqui, seria impossível.

Depois são elas que reclamam que são exigidas demais, acredita?

Are You Experienced?

James Marshal Hendrix, ou então Jimi Hendrix. Ou simplesmente: Jimi. Até hoje nunca houve um artista tão amado e reverenciado mundialmente - por fãs e artistas - , cuja vida e morte tenha causado tanta comoção. Dono de um estilo único de tocar guitarra, este gênio irreverente e idealista ocultava um lado atormentado e ingênuo, como revela dramaticamente a autora Sharon Lawrence, que conviveu com ele desde o início de sua trajetória. Hendrix deixou milhões de fãs pelo mundo todo, incluindo Eric Clapton, Pete Towshend, John Lennon e até Miles Davis e Herbie Hancock, além de um valioso legado de talento e genialidade até hoje insuperáveis. Numa época em que o mundo idolatrava os Beatles, os Stones e o Cream, Hendrix conseguiu inclusive a reverência de todos estas estrelas devido ao seu jeito de tocar com a "alma e o coração", como ele mesmo descreveu. Seres como Hendrix vêm ao planeta Terra de quando em quando, e está acima de qualquer descrição racional.
Emocionante. Dramático. Triste e excitante. Compre aqui.

Tuesday, September 02, 2008

A felicidade do idiota

Uma pesquisa feita recentemente pela FGV, realizada pelo Instituto Gallup em 132 países, revelou que o jovem brasileiro, entre 15 e 29 anos, é o mais otimista para os próximos 5 anos do que qualquer outro jovem do mundo. Em outras palavras: o jovem brasileiro é o mais feliz e o que acredita mais no futuro. (?!)

Nada melhor que a imagem de uma hiena para ilustrar essa infeliz reportagem de O Globo. A hiena não sabe a diferença entre merda e caviar...por isso mesmo é que não sabe se deve rir ou chorar. :)

Friday, August 29, 2008

Algemas para quem precisa

A mais nova decisão - e uma das mais bizarras - que o Supremo Tribunal Federal teve a cara-de-pau de promulgar é a tal da Restrição ao Uso de Algemas. Segundo a instituição, os criminosos só poderão ter as mãos algemadas em casos excepcionais, quando representarem uma ameaça concreta à segurança alheia. Isso inclue as ações policiais, o transporte de presos e julgamentos.

Parece que todo esse debate veio à tona quando um pedreiro de Laranjal, interior de São Paulo, condenado por homicídio triplamente qualificado, foi julgado de algemas, fato que, segundo o pobrezinho do pedreiro, o expôs ao constrangimento e influenciou negativamente o júri popular local. Ou seja, se não tivesse sido julgado de algemas, ele acredita que teria sido inocentado, já que era o júri de uma pacata cidade de interior. Não só ele pensa assim, veja só: Um ministro do STF resolveu fazer uma defesa incisiva do inocente pedreiro, alegando que o uso das algemas tem efeito sobre a opinião de quem está julgando o réu em questão. Por incrível que pareça, a aceitação do argumento do tal ministro foi unânime na Corte, inclusive tendo o pedido de anulação do julgamento do pobrezinho do pedreiro - um assassino frio e cruel - por ninguém menos do que o Procurador-Geral da República, que diga-se de pssagem, também criticou severamente as algemas do banqueiro Daniel Dantas, Paulo Maluf e o do ex-senador Jader Barbalho.(!)

Está certo então. Realmente bandidos como Daniel Dantas, Paulo Maluf, Nadji Nahas, Jader Barbalho, Salvatore Cacciola, Sérgio Naya e tantos milhões de outros, não representam de forma alguma uma ameaça a segurança. Claro. Todos eles possuem cara de pessoas de bem, mansas, esbajam simpatia e bom mocismo com gestos e trejeitos típicos de quem teve ótima educação. A aparência de calma e tranquilidade se deve principalmente à enorme quantia de dinheiro ilícito que todos eles mantém em suas diversas aplicações e negócios exclusos que quintuplicam a cada minuto que passa. Graças também às centenas de viagens pelas mais sofisticadas cidades do mundo financiadas com dinheiro alheio. Sim, pois quem saboreia os melhores vinhos - e mais caros - e as melhores comidas do mundo; degusta os melhores charutos e dirige os melhores e mais modernos carros que existem, tem sim, de ter uma cara boa, não é verdade? Quem é que representaria uma ameaça tendo uma vida tão pacata assim? De fato, a opinião pública não pode se deixar levar por uma imagem negativa que uma algema traria a um escróque desses. Sujaria a sua bela imagem.

A julgar pela aparência, quem é que julgaria mal uma empresária - como tantos outros - tão bem sucedida como a então presidente de uma empresa que trabalhei há alguns anos atrás? Comedida, sempre vestindo grifes famosas, tinha uma fisionomia tranquila e feliz, principalmente após as viagens à Roma, New York e Paris que fazia todo mês, graças provavelmente ao grande "lucro" obtido através das contratações ilícitas e mais outras mil maracutaias que praticava - e pratica - diariamente em sua empresa. A cada mês ela e seus sócios roubam literalmente uma grande quantia de dinheiro de cada "funcionário" seu, enquanto posam para revistas como "grandes empresários", com as caras mais lavadas do mundo. Se beneficiar de dinheiro alheio é roubo, e então, como os figurões acima, ela e seus sócios, só precisam de uma coisa: algemas.

Mas com a nova visão do STF, o uso das algemas só encontrará sentido no criminoso pobre que, esfomeado, sujo e maltrapilho, rouba um tablete de manteiga no supermercado. Nele as algemas comporiam um belo quadro e em nada estariam interferindo no bom juízo da opinião pública, já que gente desesperada para comer ou alimentar um filho já é por si só uma imagem muito desagradável para a torpe classe média brasileira. E um perigoso criminoso como esse representaria sim, uma grande ameaça a segurança!

De todo o bolo da canalhice nacional, o Poder Judiciário é para mim a fatia mais podre, abominável, vergonhosa e a mais corrompida de todas. Pior: sendo intocável, se vê acima do bem e do mal, quase perto de Deus. Que 99% dos magistrados brasileiros são diferentes apenas no preço da propina, isso já é sabido. Mas até 2007 nunca se havia tido notícia de um alto ministro do poder judiciário que estivesse envolvido com corrupção. Foi quando a Operação Furacão da Polícia Federal fisgou o então ministro Paulo Medina (e mais não sei quantos juízes), do Superior Tribunal de Justiça. Medina foi flagrado através de um grampo telefônico que provou seu envolvimento com a máfia do caça-níqueis. Preste atenção para ver se você se espanta: Um ministro do STJ envolvido com quadrilha de máquinas caça-níquel.

Até hoje o ex-ministro, apesar de todas as evidências e provas, não foi preso. E nunca será no Brasil. Mas uma coisa você pode ter certeza: se um dia ele for de fato preso, jamais usará algemas, pois a opinião pública poderá julgá-lo mal e de repente acreditar que ele realmente é um criminoso.

Algemas para quem precisa de algemas.

Wednesday, August 27, 2008

Manifesto aos Fracos!

Além da burrice brasileira, que continua crescendo a cada dia que passa, uma das coisas que mais odeio é GENTE QUE NÃO TOMA PARTIDO. Aquele tipo de pessoa que não suporta a idéia de se envolver com nada. Gente que não tem posicionamento, opinião e que morre de medo de se comprometer com qualquer coisa que diga ou faça.

Ou seja, gente fraca. E eu odeio gente fraca. Nosso país está cheio de gente assim, para não dizer a esmagadora maioria. Por onde você olhar certamente vai encontrar esse exemplo patético de ser humano.

Mas quando eu falo em tomar partido não estou fazendo apologia a nenhum grupo esquerdopata que passa o ano inteiro levantando bandeiras e gritando palavras de guerra em plena Avenida Rio Branco tumultuando a vida de todo mundo. Isso é pura demagogia, oportunismo, palhaçada.

Tomar partido é algo bem diferente: é se posicionar. É estar sempre pronto a reagir sem medo frente a uma situação que demande uma atitude, uma palavra ou uma opinião sincera, sem temer se comprometer. É não permitir ser enganado, desrespeitado ou explorado por quem quer que seja e por qualquer que seja o motivo. É ter dignidade. É não tolerar mau caratismo. É presenciar uma injustiça e ter a coragem de se posicionar. É exercer o direito de ser gente de bem e fundamentalmente cidadão.

Por isso acho lamentável essa indolência brasileira. E não falo só da população de baixa renda; falo principalmente da classe média, que tem muito mais obrigação de tomar partido, pois tem informação; entretanto se mostra tão hipócrita e negligente que me dá asco.

Basta ver a quantidade de profissionais liberais que trabalham em empresas que se negam a cumprir a legislação trabalhista na contratação de seus funcionários, os obrigando a uma rotina diária quase escrava, com o único intuito de aumentar os "ganhos" de forma ilícita. Quantos desses funcionários processam estas empresas fraudulentas e criminosas? Quantos desses profissionais se posicionam e reagem a estas maracutaias e à falta de respeito profissional? Quantos procuram se informar sobre os próprios direitos para não serem feitos de idiotas? Muitas e muitas empresas atualmente vêm tendo "lucros" estratosféricos apenas burlando as leis do trabalho com "propostas" falsamente vantajosas para o contratado.

Recentemente fiquei pasmo quando descobri que um antigo colega que trabalhou comigo numa dessas empresas fraudulentas, de onde foi mandado embora da noite para o dia sem nenhum direito trabalhista, havia recebido um convite para que voltasse à empresa. A história é mais ou menos assim: o cara é descartado como uma lata vazia, sumariamente e sem nenhuma garantia trabalhista; e depois de ter passado pelo sufoco de arranjar outro emprego, já assentado, recebe um convite para voltar à mesma empresa que o sacaneou e que ele bem sabe não valer o ar que ela respira. E mesmo assim ... ele aceita voltar, acreditando - de novo! - estar fazendo um grande negócio. Aí eu fico pensando: por que um profissional esclarecido e talentoso como este meu ex colega aceita de novo uma situação como essa? Ou esse sujeito é um otário, um louco ou então está indo fazer parte do esquemão. Mais: onde é que ele guarda o seu orgulho, a sua moral, sua auto-estima ou o seu senso de justiça? Ou será que ele nem tem mais nada disso? A verdade é que alguém como ele não só merece a empresa onde trabalha, como também merece ser explorado e desrespeitado. E a empresa por sua vez precisa desse tipo de idiota para atingir seus objetivos sórdidos. Basta oferecer mais alguns centavos e um coitado como esse vende a sua dignidade bem barato. Esta é a matemática.

É o mesmo tipo de pessoa que em cada eleição diz com aquela arrogãncia malandra tipicamente brasileira: "Qualquer um que subir vai roubar mesmo...então vou votar em um que rouba, mas faz!" E dá aquela risadinha superior, se achando um exemplo de esperteza. Pois eu acho o exemplo mais nítido do nível da imbecilidade a que chegamos. Além do fato de os políticos se apropriarem do dinheiro público - que é meu, seu e do imbecil - não incomodar mais ninguém, o brasileiro não sente mais nenhuma responsabilidade, nenhum incômodo, nenhuma culpa em elegê-los e compactuar com a podridão nacional. Ao contrário, sente até orgulho. Possivelmente gostaria de estar no lugar do político corrupto.

Para mim é muito simples: lugar de salafrário, seja ele empresário fraudulento ou político patife, é na cadeia. E lugar de gente fraca que ajuda a mantê-los e não toma partido, é na pqp!

Monday, August 25, 2008

Aos Políticos com Carinho...


A minha melhor resposta para a nossa classe política.

Tuesday, August 19, 2008

Esse eu indico: "Sexo, Drogas e Rolling Stones" - José Emilio Rondeau e Nelio Rodrigues

Olhaí pessoal, mais uma boa leitura para os aficcionados - como eu - em música e literatura. Mais precisamente em rock´n´roll. Ou melhor... nos Rolling Stones.
Este belo trabalho do jornalista expert em Stones, José Emilio Rondeau; e do biólogo - sim, um biólogo! - e pesquisador Nélio Rodrigues conta toda a trajetória da "Maior Banda de Rock do Mundo" através de relatos, notas da imprensa do mundo todo, entrevistas, depoimentos e da própria experiência que os dois tiveram ao lado dos Stones, inclusive nas idas e vindas de Mick Jagger, Keith Richards e Charlie Watts ao Brasil. Uma leitura deliciosa, empolgante; recheada de imagens e fotos raras, além das resenhas e notas.
O melhor trabalho sobre os eternos Rolling Stones, que em plenos 40 anos de carreira provam que não estão aqui apenas para tocar rock´n´roll, mas para continuar escrevendo a história da música mundial com genialidade, criatividade, personalidade e vitalidade inesgotáveis. Atenção a bela programação visual do livro.

Tuesday, August 12, 2008

"O Retorno à Rua Principal"

Vou direto ao assunto: "Exile On Main Street", um dos melhores CDs dos Stones.

Este CD (também tenho o vinil) de 1972, marca o retorno dos Stones à sua rua principal: o rythm ´n ´ blues. Ao mesmo tempo “Exile on main St.” é uma viagem a algo nunca antes visto, e que, provavelmente, nunca mais será visto. Na época das gravações desse disco, os Stones tiveram o ápice do seu consumo de drogas, alguns estavam num processo de autodestruição, outros, no momento mais alto de sua criatividade.
Este trabalho, criativo e de excelente qualidade, conta com a participação do pródigo Mick Taylor, o guitarrista que substituiu Brian Jones depois que este foi demitido da banda e morreu de overdose.
Canções como "Rock Off" - para mim a melhor do CD - e "Trumbling Dice" são simplesmente sensacionais. Verdadeiras pérolas. As acústicas “Sweet Virginia”, “Torn and frayed” e “Sweet black Angel” também são o que há de melhor no estilo negro do sul dos EUA, blues ótimos, perfeitos. Encontramos até o gospel “Shine a light”, também igualmente perfeita. Entre outras maravilhas.
“Exile on main St.” é um CD insuperável, diferente de tudo que os Stones fizeram antes e depois. Um CD para todos aqueles que são fãs reais dos Stones.
Fiquem com "Sweet Virginia", uma das melhores atrações do CD:



Compre o seu aqui!

Wednesday, August 06, 2008

O Clube da Luta

Na mesma - e ingrata - missão de revelar às almas um universo anti-burrice e anti-idiotice, vamos falar de cinema. Talvez seja possível que seu conhecimento e gosto para cinema se resumam a coisas como "Free Willy", "Aracnofobia", "Titanic" ou "Uma Linda Mulher". Mas ok, sempre é tempo de acordar desse mundo subcultural. Vamos lá.

Essa semana revi um filme que considero excelente e perigoso: "The Fight Club" (O Clube da Luta), de 1999. Mas somente para pessoas que não estão dispostas a pensar, a sair da superficialidade e explorar a avalanche de idéias que o filme proprociona.

Se analisarmos este filme de maneira superficial, veremos que violência e terrorismo são maneiras corretas de se mudar algo, como a sociedade atual. Um erro grave de interpretação. Mas, se formos mais a fundo (e é isso que o filme propõe) veremos que toda a violência mostrada em Clube da Luta é resultado da demência de um único homem.

A atmosfera de Fight Club é estranha. Todo o clima do filme é um misto de profunda psicopatia aliado a claras mensagens de anti-cunsumismo. Tyler Durden, personagem principal do livro do brilhante Chuck Palahniuk, e vivido talentosamente na pele de Brad Pitt, é uma mistura de filósofo anti-capitalista, louco e arruaceiro, que além de criar um clube de porradaria nos porões de uma cidade americana, revela seus objetivos através de máximas ousadas e contundentes:

"Liberdade é perder toda a esperança."
Nada é estático. Até a Mona Lisa está se desintegrando.

Só depois de perder tudo você vai fazer o que quiser se as pessoas achassem que você ia morrer, davam-lhe toda a atenção, se fossem vê-lo pela última vez, elas realmente o viam.


Você não é o que faz para viver. Você não é a sua família e não é quem pensa que é. Você não é o seu nome.Você não é os seus problemas. Você não é a idade que tem. Você não é suas esperanças.

Tudo o que você mais ama o rejeitará ou morrerá. Tudo o que você já criou será jogado fora.Tudo de que você mais se orgulha terminará em lixo. Sou Ozymandias, o rei dos reis.

Um filme excelente, ousado, com um belo roteiro e direção de arte. Sem falar na genialidade ínterpretativa de Edward Norton, um dos melhores atores de sua geração, sem sombra de dúvida.

Fight Club é um filme sombrio, violento, mas estranhamente profundo. Vale a pena ser visto e revisto. Um dos melhores filmes da década.

Monday, July 28, 2008

A JUVENTUDE BRASILEIRA É DE DIREITA

Ótimo artigo do Reinaldo Azevedo desta semana! Sempre defendi que essa era uma realidade, só que não divulgada. É muito bom saber que a maioria dos jovens está livre ou se livrando da síndrome da esquerdopatia. Segue o artigo:

A Folha de S. Paulo publicou no domingo uma ampla pesquisa sobre o que pensam os jovens brasileiros. Rendeu até um caderno especial, de 20 páginas, chamado “Jovem Século 21”. Segundo informa o caderno, a maioria das reportagens “foi feita pelos integrantes da 45ª turma do Programa de Treinamento da Folha”, (...) patrocinada pela Philip Morris Brasil e pela Odebrecht”. Comentarei abaixo alguns dados muito interessantes que a pesquisa revelou e tratarei da seguinte questão: a maioria dos jovens brasileiros, a exemplo da população, é de direita. Boa parte da imprensa e, vejam só, as instituições políticas, incluindo partidos, não se conformam com isso. Estão todos tomados pela patrulha esquerdista. Já chego lá. Antes, um pouco de memória.

Memória
No dia 9 de abril de 2007, há mais de um ano, escrevi aqui um post intitulado O Povo é de direita, revela o Datafolha. Foi uma gritaria danada. O link com a íntegra está aí. Recupero dois trechos:

“ (...) um político que tivesse rigorosamente as opiniões do povo brasileiro (...) seria chamado de ‘direitista’ pela esquerda, certo? Quem sabe até de reacionário... E isso estaria a indicar que o povo brasileiro é, então, majoritariamente, ‘de direita’. Ora, se ele é de direita, por que, então, estamos sendo governados pela esquerda — ainda que essa ‘esquerda’ seja a petista, com seu fanatismo recém-adquirido pelo financismo? A resposta é simples: questões como as colocadas acima [aborto, pena de morte, drogas] simplesmente estiveram ausentes do debate eleitoral. E os politicólogos brasileiros, quase todos de esquerda, acham que isso é um sinal do nosso amadurecimento. Essas clivagens aparecem nos confrontos eleitorais dos EUA e da Europa — sabem?, eles são os bárbaros... Já os civilizados brasileiros preferem não entrar nesse mérito porque acham que esse é um debate grosseiro.”

“DEM e PSDB cometem, a meu ver, dois erros crassos: não conseguem ter um discurso organizado sobre economia para confrontar o PT e renunciam a fazer o que chamo de guerra de valores com a esquerda. O Datafolha esfrega no nariz das duas legendas o óbvio: o povo brasileiro é conservador e, vejam só, não tem, no Parlamento, quem o represente a contento.”

Antes ainda, no dia 13 de agosto de 2006, escrevi aqui: “Uma boa leva de políticos no Brasil deveria olhar para os dados do Datafolha com vergonha. Vergonha de si mesmos e de sua covardia. Existe uma maioria silenciosa que hoje não encontra uma representação consistente. Uma boa pergunta seria a seguinte: como pode Lula vencer, ao menos por enquanto, a disputa presidencial no 1º turno se a maioria da população é mesmo de direita?”. Nas duas datas, havia pesquisas Datafolha investigando a opinião dos brasileiros sobre questões de comportamento. Vamos, então, ao levantamento de agora.

A nova pesquisa
Sim, senhores: dados os perfis ideológicos que se desenham a partir de certas opiniões, pode-se dizer que a maioria dos jovens brasileiros é de direita. Declaram ter essa posição ideológica, aliás, 37% dos entrevistados (na população como um todo, são 35%). Dizem-se de esquerda apenas 28% (contra 22% do total). No centro, estão 23% (contra 17% no conjunto). Mas notem: não quero me apegar a nominalismos. Parto do princípio de que os jovens possam não ter a exata noção do que tais nomes encerram. Assim, parece-me, é conveniente informar opiniões muito específicas.
Aborto
O ministro José Gomes Temporão e os nossos “pogreçistas” certamente ficam desgostosos, mas o fato é que 68% dos entrevistados não querem mudar a lei do aborto — pretendem que a prática continue a ser considerada um crime, com duas exceções: gravidez decorrente de estupro e risco de morte da mãe. É o mesmo índice do conjunto da população.
Pena de morte
No que respeita à pena de morte, os jovens se mostraram ainda mais severos do que o povo como um todo: 50% se disseram favoráveis (contra 47% no outro grupo). Dizem-se contrários 46% nos dois universos.

Maconha
Acham que deve ser proibido fumar maconha nada menos de 72% dos entrevistados (ligeiramente inferior aos 76% de todos os brasileiros). Apenas 25% acreditam que deve “deixar de ser crime” (contra 20% no outro grupo). Aqui: só uma lembrança ao caderno da Folha: fumar maconha já não pode mais ser considerado um “crime” — traficar é que é. Como se vê, “Uzome da lei” no Brasil são mais laxistas do que os jovens...

Maioridade penal
No caso da maioridade penal, defendem a atual legislação apenas 12% dos ouvidos — 13% no total. Para 83%, a idade deve baixar: 37% acham que pode ser inferior a 16, e 46% a partir dessa idade.

Deus
E Deus, hein? Deus está morto? Parece que não! Apenas 1% dos jovens se dizem ateus, e 10% dizem não ter religião: 59% são católicos; 16%, evangélicos pentecostais, e 8%, evangélicos não-pentescostais. As demais religiões: espírita (2%), judaica (1%), umbanda (1%), candomblé (1%), outras (2%).

Valores
E quais são os valores das moças e moços? Qual é a lista das coisas que acham “muito importantes”? Vejam: família (99%), saúde (99%), trabalho (97%), estudo (96%), lazer (88%), amigos (85%), religião (81%), sexo (81%), dinheiro (79%), beleza (74%), casamento (72%).

E então...
E, vejam que surpresa, o levantamento mostra que os nossos jovens querem casa, carro, grana, todas essas malditas coisas do “consumismo”, que deixam os comunistas que já têm todas essas malditas coisas muito decepcionados com a juventude...

Mais uma vez, constata-se o óbvio: há um enorme hiato entre o que pensa o conjunto da população — e, nela, sua fatia mais pretensamente inquieta — e os vários canais que vocalizam a opinião pública. Não, senhores! Não temos a imprensa que representa os valores que vão acima: a nossa, com as exceções de praxe, é majoritariamente “politicamente correta” e experimenta um verdadeiro divórcio em relação ao pensamento da maioria.

Até aí, tudo bem! Sou o primeiro a defender que veículos devam ter e defender pontos de vista. A questão que merece debate é outra: tais opiniões são verdadeiramente demonizadas pela patrulha politicamente correta do jornalismo. Pegue-se o caso do aborto: raramente alguém que se opõe à sua legalização é tratado, vá lá, com respeito ao menos. Do mesmo modo, descarta-se que um indivíduo civilizado possa considerar uma tolice a maioridade penal a partir dos 18 anos — o Brasil, saibam, faz parte das poucas exceções que adotam tal idade; na esmagadora maioria dos casos, é inferior. Em muitos países, nem mesmo há uma idade mínima: depende do crime. No que respeita aos costumes, temos uma imprensa de esquerda e um povo de direita.

Ora, o jornalismo — de fato, os meios de comunicação nas suas várias manifestações — são, sim, importantes formadores de opinião. Políticos temem afrontar a doxa. Daí que os partidos evitem ao máximo “politizar” as questões referentes a valores — politização que é corriqueira em qualquer democracia do mundo, a começar dos Estados Unidos. O povo, como se vê, não tem receio de ser ou de parecer de direita, mas os políticos evitam tal "estigma" — ou, mais apropriadamente ainda, fogem da palavra “direita” como o diabo foge da cruz — e acabam se alinhando com... o diabo, hehe. Vejam como é freqüente que lideranças se digam “de esquerda” sem qualquer vergonha, mas jamais de direita — quando muito, são todos de centro-esquerda... Será que temem o povo? Não! Temem o jornalismo politicamente correto. Líderes conservadores, mundo afora, tiveram a coragem de enfrentar a hegemonia esquerdista. No Brasil, até agora, todos se ajoelham no altar da hipocrisia.

O trabalho e a edição
Sem dúvida, a Folha e o Datafolha prestam um serviço relevantíssimo ao país, ao jornalismo e à política — especialmente para quem ler os dados com coragem e ousadia. O levantamento é bastante amplo. Trata até do desempenho escolar — lastimável, diga-se — da juventude. A edição merece algumas observações, talvez reparos. Aqui e ali vaza uma certa decepção com a caretice da molecada. A tentação de lamentar que eles não queriam mais virar a mesa — e quando é que quiseram, santo Deus? — se insinua, mas logo cede à realidade. Afinal, é insustentável criticar os moços porque revelam o anseio de subir na vida e se dar bem profissionalmente.

Mas aquele velho espírito da “revolução” — nem que seja a de costumes — espreita o caderno. Por alguma razão que o Datafolha não consegue explicar, ele é muito colorido, coloridíssimo, colorido até a irritação. O jovem é caretão, mas o caderno resolveu adotar uma estética meio Hair (o filme de Milos Forman), a que se somam alguns símbolos do “capitalismo” — porque, afinal, eles querem casa, carro e grana... As tabelas do Datafolha são editadas num misto de pichação com trapaça concretista: o número “60”, por exemplo, aparece num corpo maior do que o “30”, que é maior do que o “10”, sacaram? Legal, né? Às vezes, números e letras se esbarram, uns borrando os outros. Afinal, é um caderno feito por jovens, sobre jovens com uma edição... jovem. A questão é saber se foi lido por uma maioria de jovens — duvido. Caso tenha sido, o que há de errado com as tabelas que eles estão acostumados a ver nos livros e até na Internet? Em algumas páginas, publicam-se textos na diagonal... Pra quê? Suponho que seja para dificultar a leitura...

Sei que tal observação parece uma bobice (e reitero que se trata de um trabalho importante ), mas não é. Em certo sentido, a edição do caderno nos devolve para o centro deste longo texto: boa parte da imprensa (e não é muito diferente em todo o mundo democrático) não se conforma que o povo — os jovens também — possa ser careta, conservador, de direita. Recorre-se nem que seja a uma estética do inconformismo — “moderna” — para evidenciar o conservadorismo, ainda que ela crie mais dificuldades de leitura do que facilidades, ainda que ela mais turve a realidade do que ajude a explicá-la — como é da natureza, diga-se, de quase todos os inconformismos.

Os dados que ali estão, no entanto, são de grande relevância. Seria conveniente que muitos dos nossos políticos, especialmente os que não são de esquerda, começassem a refletir a respeito.

Thursday, July 24, 2008

Dia Mundial do Rock - O Mago da Guitarra, Brian Jones

Sim, eu sei que estou atrasado alguns dias, mas sempre é tempo de comemorar o dia mundial do rock. E dessa vez trago um dos músicos mais talentosos dos anos 60; pai dos Rolling Stones ao lado de Mick Jagger, e autor das canções mais criativas da banda até 1969: Brian Jones.

Brian era filho de um engenheiro da marinha inglesa - Lewis Jones - com uma dona de casa. Foi conhecido pela sua versatilidade musical, tocando vários instrumentos diferentes, ainda que se tenha notabilizado como guitarrista da banda. Músico de origem clássica - aprendeu a tocar com sua mãe que ministrava aulas de piano na Igreja próxima - era inicalmente o único músico da banda capaz de ler e escrever partituras. Apesar da fama e fortuna originada pelo sucesso da banda, Brian, que era um indivíduo inquieto, acabou por se afundar na droga. Em 8 de Junho de 1969, totalmente sem rumo e direção, ele foi demitido dos Stones. Menos de um mês depois, no dia 3 de julho, Brian foi encontrado morto. Ao que se sabe moreeu afogado na piscina de sua casa, Cotchford Farma, em Sussex, antiga casa do escritor A. A. Milne, criador do Ursinho Pooh, que o músico adorava.

Desde sua morte, tida oficialmente como acidental, muitas dúvidas e livros encheram a mídia, alimentando muitas teorias conspiratorias. Apesar dos poucos anos de vida é considerado um dos mentores do estilo adotado pela banda. Deixou um grande número de fãs que cultuam sua imagem e contribuição musical até os dias de hoje.

Brian Jones é autor de vários dos melhores sucessos dos Stones até hoje. Nada contra Mick Taylor e Ronnie Wood - dois grandes músicos e guitarristas - , que vieram a substituí-lo depois, mas Brian era uma personalidade única.

Fiquem com dois grandes sucessos de Brian com os Stones:

Under My Thumb


Simpathy For The Devil

O Rei da Confusão

Olha aí pessoal: esse livro é sensacional. Exatamente como seu personagem central, o doidaço talentosíssimo Tim Maia. Vale muito a pena a leitura se você é daqueles que, além de curtir música, adora mergulhar no submundo. Nelson Motta foi brilhante na narrativa e na sensibilidade ao escrever este livro sobre o gordo mais cafajeste da nossa música. Aliás sem ele não saberíamos o que viria a se chamar funk-rock ou funk-samba, ou mesmo samba-soul, como o próprio Tim definia seu estilo híbrido, criativo e simplesmente genial. Neste livro você também vai esbarrar com personagens como Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Jorge Ben, Paulinho Guitarra e mais um monte de gente talentosa que fez a história da nossa música - que diga-se de passagem, está bem caidinha ultimamente.

Tuesday, July 22, 2008

O Decálogo de Lênin

Há algum tempo atrás recebi uma mensagem de algum pretenso intelectual se dizendo a "voz das esquerdas", que transformei em um texto bem humorado e realista sobre Os 10 Passos para a Cura do Esquerdismo - (se você não leu, leia agora!) . Agora que estamos perto de mais uma eleição (essa enganação que dá emprego à bandido) resolvi postar a mensagem original para que vocês vejam como isso ainda está presente nos dias de hoje (!). É sobre os 10 mandamentos da Ideologia Socialista, escrita em 1913 e atribuída ao lider revolucionário russo Vladimir Lênin, pai do comunismo. Não sei quantos de vocês conhecem isso, mas vale a pena ler.

Notem - como fica aqui bem observado -, que qualquer semelhança com populistas ditadores como Hugo Chávez, Fidel Castro, Evo Moralez, Uribe, etc e com contecimentos atuais e recentes, quase 100 anos depois , não é mera coincidência:


1- Corrompa a juventude , de-lhe a liberdade sexual:

2- Infiltre e controle depois todos os meios de comunicação:

3- Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussôes sobre assuntos sociais;

4- Destrua a confiança do povo em seus líderes,

5- Fale sempre em democracia e Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade, assuma o poder sem qualquer escrúpulo;

6- Colabore com o esbanjamento do dinheiro público, coloque em descrédito a imagem do pa�ís, especialmente no exterior, provoque o pânico e o desassossego na população por meio de inflação;

7- Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrrias vitais do país;

8- Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;

9- Colabore para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes;

10- Procure catalogar todos aqueles que tem armas de fogo, para que sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência.


O mais assustador de tudo isso é que a maioria das pessoas, principalmente os adolescentes de classe média e as menos esclarecidas, vêem toda essa aberração apenas sob o aspecto financeiro, não percebendo que o principal objetivo é um elaborado plano fascista e genocida que visa destruir as instituições e o estado de direito. Igualzinho o que Fidel fez à Cuba e Mao à China; e o que queriam os grupos armados como o PCdoB, o MR8 e ALN durante o regime militar no Brasil. E o mais incrível - e perigoso - é que em pleno século XXI ainda existem pessoas e partidos levantando essa bandeira, mesmo travestida de idéias democráticas e humanitárias. Vide Heloisa Helena, a "Antônia Conselheira" da seita PSOL.

Se hoje em dia, Lamarca, por exemplo, é visto como herói, é mais uma das distorções presentes no país que vivemos.

Monday, July 21, 2008

As Divas da Opinião

TV aberta no Brasil é feito para emburrecer os ainda mais burros. É lixo que não acaba mais. Entretanto na TV por Assinatura também existem programas totalmente inócuos, porém engraçados. O Saia Justa é um deles. Resolvi rebatizar as apresentadoras do programa da seguinte forma:


"A Feia, a Chata, a Bela e a Burra"


A Feia

Enquanto a maioria das mulheres quer ficar sempre mais bonita, Betty Lago se dedica com muito afinco ao processo de enfeiamento constante. E tem obtido grande sucesso. Suas opiniões são desprovidas de substância e ela acredita que consegue chocar as pessoas com palavrões e vulgaridades, a la dercy. Seu cabelo de espanador choca muito mais.


A Chata

Fico imaginando como deve ser entediante sair para beber um chopp com a Márcia Tiburi - se é que ela faz isso nos fins de semana. Ao invés de beber o chopp ela deve ficar lá olhando para o copo e "filosofando" se o copo está metade vazio ou metade cheio. Nas suas opiniões pretensamente filosóficas o objetivo é que ninguém entenda nada mesmo.


A Bela

Pra mim não importa o que ela diga. Só pelo simples fato de poder vê-la já vale o programa. Maitê Proença é uma das mulheres mais lindas do Brasil e sua beleza compensa qualquer gafe que cometa, muito embora ela tenha opiniões bastante sensatas e equilibradas em relação às colegas.


A Burra

Tudo bem que ela é paulista. Mas dizer que o Rio de Janeiro não passa de "um balneário" é comprovar o quão justa é a sua mente. Nem preciso dizer porque Monica Waldvogel foi a escolhida para o singelo pseudônimo acima.

Tuesday, July 15, 2008

A Classe Média é patética

O tal do PM que matou Daniel Duque na porta da Boate Baronete em Ipanema já está em liberdade, diz o "O Globo" de hoje. Segundo o juiz Sidney Rosa da Silva, "não houve prisão em flagrante" e "não havia necessidade de prisão preventiva do policial por falta de indicação de dados concretos por parte do réu que possa frustrar a atividade jurisdicional (...)". (leia a notícia aqui.)

Não se pode avaliar ao certo quem é vítima de quem nessa história, longe de mim acusar um ou outro de algo sem provas, mas fico espantado ao ver tanta gente julgando o policial e esquecendo que a coisa mais comum nas noites do Rio são esses episódios envolvendo mauricinhos filhinhos de papai da zona sul do Rio espancando alguém, destruindo alguma boate ou dirigindo bêbado. Ora, não sei da história pessoal desse Daniel Duque, mas gostaria de saber - se ele é um "anjo do bem", como os pais dizem - o que ele estava fazendo com mais 12 amigos "enfurecidos" (como disse o policial), cercando um casal na porta da boate naquela noite. E o que ele queria ao tentar segurar a arma do PM ? Será que ele queria dominar o poicial para que o resto da galera o enchesse de pancada, como fez covardemente aquele outro grupo em Niterói? Não se sabe, mas é no mínimo suspeito.

Está todo mundo caindo de pau no policial e nem se lembram mais dos últimos acontecimentos envolvendo birita, drogas, violência, covardia e essa molecada patética que azucrina as noites nas boates do Rio. Quantos já sofreram nas mãos desses marginais?

Gostaria de saber o que estes pais que agora choram inconsoláveis com a perda do filho, estiveram fazendo esse tempo todo quando não sabiam por onde seu filho andava e o que ele costumava fazer nas noites de sábado com a "rapaziada". Que valores esses pais - e tantos outros - têm passado aos seus filhos, para permitir que eles se envolvam nessa onda de irresponsabilidade e crimes, num mundo particular onde tudo é permitido? Bandido é bandido, não importa a classe social.

Todos lembram do pai de um daqueles marginais de classe média que espancaram a doméstica na Barra:

"Mulher é tudo assim mesmo, fica roxa com quase nada. (...) Meu filho é estudante, um rapaz sério, de bem, não merece ficar preso por uma besteira dessas (...)"

Esse pai merecia estar na cadeia como cúmplice. Mas ele só demonstra aquela certeza arrogante que a maioria dos brasileiros têm: a certeza da impunidade. Chamou todos de idiotas com a sua colocação. E como ele bem sabia, tudo ficou por isso mesmo. E se um policial aparece na hora e atira no marginalzinho? Certamente o garotão passaria de vilão a vítima, de arruaceiro a "anjo do bem".

O mais surpreendente é que essa mesma classe média que nessa hora clama por paz, é a mesma que consome as drogas dos morros, e sustenta essa violência no Rio. Se é um jovem de subúrbio que morre baleado é bandido. Mas se é da zona sul, é "anjo do bem".

A hipocrisia da classe média é patética.

Thursday, July 10, 2008

Carioca É, antes de tudo.

Outro dia viajei para a região serrana do Rio a fim de descansar e dar uma revigorada a base de cachoeira, mountain bike e silêncio. Esses lugares me fazem muito bem, principalmente quando estão vazios. A única poluição e barulho nesses locais geralmente fica a cargo dos paulistas, uma gente que não sabe andar a pé e ficar de boca calada. Então quando numa trilha de terra, no meio do verde silencioso e perfumado você quase for atropelado por um carro com um som às alturas, pode estar certo que é um representante de São Paulo.

Mas nem só de paulistas se faz uma situação irritante num lugar desses. O carioca também tem suas manias toscas, e as leva para onde vai. Falo especialmente da mania do "surrasco". Aonde quer que vá, não importa com quem nem onde, não importa o espaço e nem a quantidade de pessoas por perto, o carioca monta sua trincheirinha de queimar carne e começa a jogar fumaça e gordura na cara de todo mundo. Mas não é só a fumaça gordurosa: se não tivesse o pagodinho e a TV portátil para ver o futebol às alturas, e urrando feito um macaco - o que faz tremer sempre aquela barriga imensa e indecente que este tipo de carioca ostenta sem nenhum pudor - o espetáculo irritante não ia ficar completo. E as suas senhouras sempre com um cigarrinho numa mão e o copinho de skol na outra, rebolando levemente as celulites fazem o espetáculo ainda mais horroroso.

Pois bem, num lugar tão reservado como o que eu estava, surgiu um tipinho como o que eu descrevi acima, o carioca típico. Veio pela trilha com seu isopor, chegou na margem do rio onde estávamos e começou o ritual. Em alguns minutos já estava tudo empesteado de fumaça e gordura, o pagode rolando num micro system, o cigarro e a skolzinha. Isso tudo sem ao menos pedir licença. O recanto nas montanhas se transformou no inferno da periferia. Fui embora.

Acho que o carioca nunca vai descobrir um meio de se divertir e relaxar sem ter que acender a merda de uma churrasqueira debaixo do seu nariz, e encher a cara de skol.

Carioca não sabe que existe vida além de carnaval, churrasco e cerveja.

Thursday, July 03, 2008

Fanatismo é insuportável

Quem me conhece um pouco, sabe que uma das coisas que mais odeio é futebol. Não o esporte em si, este eu apenas desprezo. Estou me referindo ao futebolismo, esse fanatismo torpe de todo brasileiro que se preze. Definitivamente há poucas coisas que me deixam mais irritado do que essa "alegria futebolística" brasileira.

Exemplo: Na academia onde treino diariamente, há um infeliz que comparece toda noite para encher o ouvido alheio com aquele papo entediante e insuportável sobre futebol. O cara não malha, atrapalha os outros e ainda fala alto - aliás diga-se de passagem falar baixo e falar de futebol são duas coisas que não combinam. Passa a noite provocando os outros - também futebolistas - e falando compulsivamente de primeira divisão, segunda divisão e o cacete a quatro. Confesso que já experimentei a doce vontade de encher a boca do cara com umas anilhas de 10kg ou o impulso irresistível de lançá-lo janela a fora voando direto para o estádio ao lado da academia. Mas vontade dá e passa, infelizmente. Este tipo é um daqueles entre milhões de brasileiros que respira futebol e que se julga técnico: Tem sempre a melhor estratégia para fazer a porra do time vencer. Isso soa familiar?

Pois bem, é o mesmo tipo que berra palavrão da janela e faz um esporro insuportável quando é dia de jogo, não importa a hora. É o tipo que acorda minha filha pequena com fogos e berros às 23h de uma terça-feira. Um tipo que eu teria um prazer quase orgástico em ver caindo do 12º andar do meu prédio num dia como esse. Contudo, essa falta de respeito e de educação é estranhamente tida pela nossa sociedade como uma característica saudável do nosso povo, ou seja, a eterna paixão pelo futebol, um universo sem limites e sem censura, onde tudo é permitido. O errado passa a ser aquele que está apenas tentando relaxar após um exaustivo dia de trabalho e não consegue por motivos óbvios. Aqui no Brasil é preciso pedir desculpas por não ser um macaco ou um selvagem sem cérebro, principalmente nestes dias sacais.

Analogamente aqui ao lado do meu edifício também existe uma igreja. Uma daquelas milhóes de igrejas do ramo pentecostal: a Metodista Wesleyana, uma seita evangélica iniciada por um infeliz anglicano chamado John Wesley, na Inglaterra de 1790. Quase todos os dias da semana, incluindo os sábados e domingos às 8:00 da manhã, sou acordado com cantorias desafinadas e mal tocadas, ou com os berros do pastor expulsando o demônio do corpo de algum pobre coitado. Quando tem festa no pátio da igreja, os crentes soltam morteiros debaixo da minha janela sem nenhum tipo de pudor.
Já tive vontade de berrar num megafone na cara dessa gente fraca, de mente manipulada, que também sou filho de Deus, e por isso mereço sossego, cacete! Mas vontade dá e passa, infelizmente.
Entretanto eu garanto que se eu resolvo comprar uma briga com essa gente, certamente teria o respaldo de quase todo mundo, que já está de saco cheio de tanta barulheira.

Aí vem o paradoxo da coisa: Por que é que no Brasil os evangélicos são antipatizados, considerados tão invasivos, desrespeitosos, fanáticos e são fortemente combatidos enquanto em relação aos nossos inocentes patrícios torcedores tudo isso é sonegado, sendo que os dois grupos têm rigorosamente as mesmas práticas fanáticas e selvagens?

Fanáticos são todos iguais: insuportávelmente irritantes. A única diferença é que aos domingos uns vão rezar no Maracnã e os outros torcer na igreja.

"Deixem o Deus tocar!"

Como minha missão aqui é levar um pouco de cultura e menos idiotice às cabeças alheias, agora vamos falar de livros. Se você não curte leitura é porque pode ser nais idiota do que pensei, mas se gosta, então é uma boa dica. Se gosta de blues e rock, então a dica é quente: Eric Clapton - Autobiografia. O livro é simplesmente genial. Além de ser um auto retrato relato detalhado, doloroso e por vezes cruel da vida do Clapton, reúme toda aquela gente brilhante e criativa dos anos 60 como Jimi Hendrix, Jimmy Page, Pete Toushend, Beatles, Stones, Cream, Stevie Winwood, Jeff Beck e mais um caminhão de artistas consagrados de ontem e de hoje. Vale a pena a leitura, são memórias arrebatadoras e contundentes, surpreendendo até os fãs mais inveterados do músico como eu. Uma obra prima sobre mulheres, drogas, alcool, filhos, morte, vida, e claro, sobre o blues.
(O livro já está linkado para compra pela internet, ok?)

É a selvageria ideológica atacando de novo

Exato. Estou voltando a escrever após meses de inatividade bloggística e por puro exercício da idiotice, porque definitivamente vocês não merecem. Mas volto falando do que mais gosto: a esquerdiotice. O artigo abaixo é do brilhante colunista Reinaldo Azevedo, para a Veja desta semana, esperando que alguma luz surja no horizonte esquerdiota de vocês. Segue:


E quem resgata os nossos pobre alunos, seqüestrados pelos selvagens ideológicos?

Eu não sei se a chamada academia brasileira, a universidade, tem salvação. Acho que não. A máquina de fabricar idiotas é poderosa. Refiro-me, em particular, à área de ciências humanas. O opinionismo, pura expressão da ideologia, não se ocupa nem mesmo de ser lógico. Vamos ao caso.

A Globo News tem a mania de chamar professores para opinar sobre temas momentosos, especialmente quando se está diante de ocorrências inesperadas. E os acadêmicos vão falando. Há pouco, Francisco Carlos Teixeira, professor de história contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro, comentava a libertação de Ingrid Bettancourt, uma operação coordenada pelo presidente Álvaro Uribe. Ao ouvir o moço, pensei: “E quem resgata os pobres alunos que foram seqüestrados por Francisco Carlos?”

Sabem quem é o principal derrotado com a libertação de Ingrid segundo o nosso acadêmico? Ganhou um doce quem respondeu “Álvaro Uribe”. Dá pra acreditar? Ingrid só foi resgatada porque o governo colombiano eliminou a cúpula das Farc. Em menos de uma mês, seus principais dirigentes foram eliminados. Na versão oficial, Tirofijo, a múmia narcoguerrilheira, morreu do coração — se é a guerrilha que diz, não acredito. Acho que ele também levou um pitoco na testa.

Não sabemos ainda detalhes da operação. Tenha sido mesmo um resgate com confronto, tenha ele decorrido da negociação, isso só aconteceu porque as Farc estão ficando sem saída. E isso, é evidente, é uma vitória histórica de Uribe. Teixeira, que é ideológico, mas não é burro, afirmou que o evento é uma derrota para Hugo Chávez. Entenderam? A derrota de Chávez seria também a derrota de Uribe... Não dá, né?

E por que ele afirma essa sandice? Porque Ingrid, claro, é popular e pode vir a se candidatar para a presidência da Colômbia, o que contrariaria os planos continuístas de Álvaro Uribe. Ela vai se candidatar mesmo? Estará em condições físicas e psicológicas para tanto?

Uma pergunta da jornalista revelou o substrato da tese de Teixeira. Indagado sobre a redução da violência na Colômbia, o homem teve a coragem de dizer que caiu o número de batedores de carteira, mas que o Plano Colômbia fracassou, já que cresceu a produção de cocaína no país. Data vênia, é um misto de mentira com delinqüência teórica. Os assassinatos — e não carteiras roubadas — caíram mais de 70% em cidades como Bogotá e Medelin. A Colômbia legal vive um momento de notável estabilidade econômica. O chamado Plano Colômbia quebrou a espinha da guerrilha. A produção de drogas cresceu na Bolívia, por exemplo — onde não existe Plano Colômbia. Ademais, no meu esforço de resgatar os alunos de Teixeira, indago, de braços dados com a lógica: se a produção de drogas cresceu com o Plano Colômbia, como seria sem ele?

Afinal, qual é o busílis? O busílis é que Uribe não é “um deles”. Não fica repetindo esses mantras idiotas dos esquerdopatas — aquela patacoada que se viu ontem na reunião do Mercosul. E, por isso, mesmo quando vence, declara-se a sua derrota.

Não custa lembrar que o Brasil, junto com a Venezuela, liderou o esforço para demonizar a Colômbia por conta da “invasão” do território equatoriano, na operação que matou o terrorista pançudo, Raúl Reyes, o primeiro do núcleo duro da guerrilha a morrer. Quem não se lembra de Marco Aurélio Top Top Garcia, com seu chapéu Panamá, na mata colombiana, para resgatar reféns, naquela pantomima armada por Hugo Chávez?

Uribe nunca caiu na conversa. E está vencendo os terroristas como o terrorismo deve ser vencido: com armas — e inteligência militar. Os nossos “progressistas” não suportam isso. Eles querem as Farc, como é mesmo?, integradas à legalidade.

E encerro observando: a Globo News chama acadêmicos porque, em tese, conseguiria análises mais profundas do que os canais abertos de TV. Besteira! O expediente só acrescenta suposta autoridade intelectual a mentiras as mais deslavadas. Daqui a pouco, o Jornal Nacional, com notável objetividade, dirá tudo o que é preciso saber sobre o assunto, sem o descaramento ideológico.

E depois os telespectadores assistirão à novela A Favorita — que civiliza muito mais do que a maioria dos nossos acadêmicos. Na novela, ao menos, dizem-se algumas verdades morais por meio da ficcção. A academia está se tornando notável por afirmar mentiras grotescas manipulando os fatos da vida real.

Thursday, February 21, 2008

Mofolândia

Essa é para mexer no mofo: encontrei esse vídeo bizarro no Youtube. Era um programa americano chamado Kroft, The Supershow, que passava na TV nas tardes de quinta-feira pela Bandeirantes em 1976. Nem me lembrava mais disso, mas depois que vi o vídeo me familiarizei. Reparem os cortes de cabelo, as roupas e os trejeitos do elenco! Esse programa trazia outras bizarrices como "O garoto e o Pé Grande", "Doutor Encolhedor", "Mulher elétrica e garota dínamo", e outras maravilhas. Vale a pena rever!

Wednesday, February 20, 2008

Adeus, Fidel Castro! O 7º governante mais rico do mundo!

Não acreditei quando li, fui realmente pego de surpresa. Mas não é que o genocida Fidel Castro desmiolado resolveu deixar o cargo de presidente-ditador de Cuba? Muito me admira essa atitude de quem passou quase meio século no poder, oprimindo, matando, mentindo e fazendo o que queria com o povo cubano. Mas me sinto aliviado, enfim o grande ditador resolveu se aposentar, e claro, com grandes somas de dinheiro, privilégios e tudo mais.

No último aniversário do ditador cubano, enquanto uma multidão ovacionava o velho comandante em Havana, a revista FORBES causou espanto ao publicar uma lista das maiores fortunas do mundo, incuindo em 7º lugar ninguém mais ninguém menos do que o próprio Castro. Segundo a reportagem, a fortuna de Castro é tão grande que supera inclusive a do Rei Kingdon, da Inglaterra. Sim, e estamos falando de dólares, iates, mansões faraônicas e resorts particulares em Cuba. Sem histórico de trabalho, o ditador cubano até 2007 conseguiu acumular uma fortuna de mais de U$ 900 milhões, além de inumeráveis propriedades em negócios bancários, comerciais e industriais por vários países. Mas o velho não dá mostras em público de que leva uma vida opulenta. Os bens do ditador equivalem a 10% do Produto Interno Bruto de Cuba, segundo a Forbes, e atribui a fortuna de Castro aos ganhos obtidos através de uma "rede de negócios de titularidade pública". Assim, entre as operações mais lucrativas, a Forbes cita o Palácio de Convenções, o centro de convenções construído perto de Havana; o conglomerado de lojas a varejo CIMEX; e a Medicuba, a empresa que vende vacinas e outros. A revista lembra, além disso, que Castro, que "anda de forma exclusiva em um comboio de (automóveis) Mercedes-Benz negros", vendeu em 1993 a empresa estatal de rum Havana Club ao gigante francês de bebidas Pernod Ricard por 50 milhões de dólares!

Mas e a população cubana? Sim, a população continua pobre, sobrevivendo à enorme recessão de 1990, quando a Perestroika pôs fim ao regime comunista na ex-União Soviética, o então maior parceiro econômico de Cuba. De lá para cá o povo sobrevive a duras penas: comida racionada, material de higiene pessoal racionado - um tubo de pasta de dentes é distribuido a cada familia de 5 pessoas e tem que durar o mês inteiro! -; falta de água potável, racionamento de energia, com a maioria da população urnana habitando prédios decrépitos e abandonados. Mas no campo a situação ainda é pior, com muitas pessoas passando fome - justamente o mal que Fidel e seus guerrilheiros queriam combater ao derrubar o ditador Fulgêncio Batista. E como se não bastasse, a feroz repressão do governo é uma constante, combatendo com violência e morte qualquer tipo de expressão e pensamento que não seja do agrado da classe dirigente. É o que Fidel chama de "viver pela revolução", ou seja, dormir no chão, passar fome, mas ter um coração revolucionário.

Possivelmente, o irmão de Fidel Castro, Raul Castro, um bêbado-tarado conhecido em Havana, será seu sucessor, apesar de insistir que nunca, jamais, em tempo algum, isso seria possível. De qualquer modo, o povo cubano finalmente vai descobrir que os EUA nunca foram este demônio que Fidel apregoou em toda sua trajetória; e que o capitalismo faz bem sim, e a democracia também. Mas precisarão de tempo, muito tempo para perceber a diferença.

E para completar, longe de ficar como um grande líder e ideólogo, Castro deveria ser preso como criminoso, julgado e sentenciado como um dos maiores bandidos, ditadores e genocidas da nossa história.

Friday, January 04, 2008

Os Idiotas estão de Volta!

Extamente. Como previram o cubano Plinio Apulleyo Mendoza, o colombiano Carlos Alberto Montaner e o peruano Álvaro Vargas Llosa em seu primeiro livro "Manual do Idiota Latino Americano", lançado há 10 anos atrás, os idiotas voltaram com a força toda e essa profecia está brilhantemente retratada na mais nova obra dos 3 escritores: "A Volta do Idiota".



Mas quem é este idiota?
É basicamente aquele indivíduo pretensamente politizado, cheio de sacrossantos livros que alimentam sua ideologia, seus dogmas a respeito da pobreza, o papel do Estado, os ianques, as guerrilhas, Cuba, o nacionalismo ou o que ele considera mais diabólico que tudo: o modelo neoliberal. Estes idiotas estão presentes na Europa, nos EUA, mas é principalmente aqui na América Latrina que sua volta tem mais repercussão. Tem origem em Marx e Lênin a identificação de seu pretenso pensamento de esquerda e a atribuição sempre à burguesia - ou à oligarquia, como é comum em seus chavões - e ao imperialismo a CULPA pela pobreza e as evidentes desigualdades em seu país. Idiotas que conservam o poster de Tche Guevara na parede e acreditam na santidade do ditador desmiolado Fidel Castro ou no pulha corrupto e populista Hugo Chávez. Ou outros idiotas como Evo Moralez, Nestor Kirshner e Alan Garcia. E ainda idiotinhas como Lula da Silva e Tabaré Vasquez.

Para mais informações sobre esse novo tipo de idiota, leiam este livro. Se você por acaso se considera um deles, este é o momento de deixar de sê-lo.