Monday, July 28, 2008

A JUVENTUDE BRASILEIRA É DE DIREITA

Ótimo artigo do Reinaldo Azevedo desta semana! Sempre defendi que essa era uma realidade, só que não divulgada. É muito bom saber que a maioria dos jovens está livre ou se livrando da síndrome da esquerdopatia. Segue o artigo:

A Folha de S. Paulo publicou no domingo uma ampla pesquisa sobre o que pensam os jovens brasileiros. Rendeu até um caderno especial, de 20 páginas, chamado “Jovem Século 21”. Segundo informa o caderno, a maioria das reportagens “foi feita pelos integrantes da 45ª turma do Programa de Treinamento da Folha”, (...) patrocinada pela Philip Morris Brasil e pela Odebrecht”. Comentarei abaixo alguns dados muito interessantes que a pesquisa revelou e tratarei da seguinte questão: a maioria dos jovens brasileiros, a exemplo da população, é de direita. Boa parte da imprensa e, vejam só, as instituições políticas, incluindo partidos, não se conformam com isso. Estão todos tomados pela patrulha esquerdista. Já chego lá. Antes, um pouco de memória.

Memória
No dia 9 de abril de 2007, há mais de um ano, escrevi aqui um post intitulado O Povo é de direita, revela o Datafolha. Foi uma gritaria danada. O link com a íntegra está aí. Recupero dois trechos:

“ (...) um político que tivesse rigorosamente as opiniões do povo brasileiro (...) seria chamado de ‘direitista’ pela esquerda, certo? Quem sabe até de reacionário... E isso estaria a indicar que o povo brasileiro é, então, majoritariamente, ‘de direita’. Ora, se ele é de direita, por que, então, estamos sendo governados pela esquerda — ainda que essa ‘esquerda’ seja a petista, com seu fanatismo recém-adquirido pelo financismo? A resposta é simples: questões como as colocadas acima [aborto, pena de morte, drogas] simplesmente estiveram ausentes do debate eleitoral. E os politicólogos brasileiros, quase todos de esquerda, acham que isso é um sinal do nosso amadurecimento. Essas clivagens aparecem nos confrontos eleitorais dos EUA e da Europa — sabem?, eles são os bárbaros... Já os civilizados brasileiros preferem não entrar nesse mérito porque acham que esse é um debate grosseiro.”

“DEM e PSDB cometem, a meu ver, dois erros crassos: não conseguem ter um discurso organizado sobre economia para confrontar o PT e renunciam a fazer o que chamo de guerra de valores com a esquerda. O Datafolha esfrega no nariz das duas legendas o óbvio: o povo brasileiro é conservador e, vejam só, não tem, no Parlamento, quem o represente a contento.”

Antes ainda, no dia 13 de agosto de 2006, escrevi aqui: “Uma boa leva de políticos no Brasil deveria olhar para os dados do Datafolha com vergonha. Vergonha de si mesmos e de sua covardia. Existe uma maioria silenciosa que hoje não encontra uma representação consistente. Uma boa pergunta seria a seguinte: como pode Lula vencer, ao menos por enquanto, a disputa presidencial no 1º turno se a maioria da população é mesmo de direita?”. Nas duas datas, havia pesquisas Datafolha investigando a opinião dos brasileiros sobre questões de comportamento. Vamos, então, ao levantamento de agora.

A nova pesquisa
Sim, senhores: dados os perfis ideológicos que se desenham a partir de certas opiniões, pode-se dizer que a maioria dos jovens brasileiros é de direita. Declaram ter essa posição ideológica, aliás, 37% dos entrevistados (na população como um todo, são 35%). Dizem-se de esquerda apenas 28% (contra 22% do total). No centro, estão 23% (contra 17% no conjunto). Mas notem: não quero me apegar a nominalismos. Parto do princípio de que os jovens possam não ter a exata noção do que tais nomes encerram. Assim, parece-me, é conveniente informar opiniões muito específicas.
Aborto
O ministro José Gomes Temporão e os nossos “pogreçistas” certamente ficam desgostosos, mas o fato é que 68% dos entrevistados não querem mudar a lei do aborto — pretendem que a prática continue a ser considerada um crime, com duas exceções: gravidez decorrente de estupro e risco de morte da mãe. É o mesmo índice do conjunto da população.
Pena de morte
No que respeita à pena de morte, os jovens se mostraram ainda mais severos do que o povo como um todo: 50% se disseram favoráveis (contra 47% no outro grupo). Dizem-se contrários 46% nos dois universos.

Maconha
Acham que deve ser proibido fumar maconha nada menos de 72% dos entrevistados (ligeiramente inferior aos 76% de todos os brasileiros). Apenas 25% acreditam que deve “deixar de ser crime” (contra 20% no outro grupo). Aqui: só uma lembrança ao caderno da Folha: fumar maconha já não pode mais ser considerado um “crime” — traficar é que é. Como se vê, “Uzome da lei” no Brasil são mais laxistas do que os jovens...

Maioridade penal
No caso da maioridade penal, defendem a atual legislação apenas 12% dos ouvidos — 13% no total. Para 83%, a idade deve baixar: 37% acham que pode ser inferior a 16, e 46% a partir dessa idade.

Deus
E Deus, hein? Deus está morto? Parece que não! Apenas 1% dos jovens se dizem ateus, e 10% dizem não ter religião: 59% são católicos; 16%, evangélicos pentecostais, e 8%, evangélicos não-pentescostais. As demais religiões: espírita (2%), judaica (1%), umbanda (1%), candomblé (1%), outras (2%).

Valores
E quais são os valores das moças e moços? Qual é a lista das coisas que acham “muito importantes”? Vejam: família (99%), saúde (99%), trabalho (97%), estudo (96%), lazer (88%), amigos (85%), religião (81%), sexo (81%), dinheiro (79%), beleza (74%), casamento (72%).

E então...
E, vejam que surpresa, o levantamento mostra que os nossos jovens querem casa, carro, grana, todas essas malditas coisas do “consumismo”, que deixam os comunistas que já têm todas essas malditas coisas muito decepcionados com a juventude...

Mais uma vez, constata-se o óbvio: há um enorme hiato entre o que pensa o conjunto da população — e, nela, sua fatia mais pretensamente inquieta — e os vários canais que vocalizam a opinião pública. Não, senhores! Não temos a imprensa que representa os valores que vão acima: a nossa, com as exceções de praxe, é majoritariamente “politicamente correta” e experimenta um verdadeiro divórcio em relação ao pensamento da maioria.

Até aí, tudo bem! Sou o primeiro a defender que veículos devam ter e defender pontos de vista. A questão que merece debate é outra: tais opiniões são verdadeiramente demonizadas pela patrulha politicamente correta do jornalismo. Pegue-se o caso do aborto: raramente alguém que se opõe à sua legalização é tratado, vá lá, com respeito ao menos. Do mesmo modo, descarta-se que um indivíduo civilizado possa considerar uma tolice a maioridade penal a partir dos 18 anos — o Brasil, saibam, faz parte das poucas exceções que adotam tal idade; na esmagadora maioria dos casos, é inferior. Em muitos países, nem mesmo há uma idade mínima: depende do crime. No que respeita aos costumes, temos uma imprensa de esquerda e um povo de direita.

Ora, o jornalismo — de fato, os meios de comunicação nas suas várias manifestações — são, sim, importantes formadores de opinião. Políticos temem afrontar a doxa. Daí que os partidos evitem ao máximo “politizar” as questões referentes a valores — politização que é corriqueira em qualquer democracia do mundo, a começar dos Estados Unidos. O povo, como se vê, não tem receio de ser ou de parecer de direita, mas os políticos evitam tal "estigma" — ou, mais apropriadamente ainda, fogem da palavra “direita” como o diabo foge da cruz — e acabam se alinhando com... o diabo, hehe. Vejam como é freqüente que lideranças se digam “de esquerda” sem qualquer vergonha, mas jamais de direita — quando muito, são todos de centro-esquerda... Será que temem o povo? Não! Temem o jornalismo politicamente correto. Líderes conservadores, mundo afora, tiveram a coragem de enfrentar a hegemonia esquerdista. No Brasil, até agora, todos se ajoelham no altar da hipocrisia.

O trabalho e a edição
Sem dúvida, a Folha e o Datafolha prestam um serviço relevantíssimo ao país, ao jornalismo e à política — especialmente para quem ler os dados com coragem e ousadia. O levantamento é bastante amplo. Trata até do desempenho escolar — lastimável, diga-se — da juventude. A edição merece algumas observações, talvez reparos. Aqui e ali vaza uma certa decepção com a caretice da molecada. A tentação de lamentar que eles não queriam mais virar a mesa — e quando é que quiseram, santo Deus? — se insinua, mas logo cede à realidade. Afinal, é insustentável criticar os moços porque revelam o anseio de subir na vida e se dar bem profissionalmente.

Mas aquele velho espírito da “revolução” — nem que seja a de costumes — espreita o caderno. Por alguma razão que o Datafolha não consegue explicar, ele é muito colorido, coloridíssimo, colorido até a irritação. O jovem é caretão, mas o caderno resolveu adotar uma estética meio Hair (o filme de Milos Forman), a que se somam alguns símbolos do “capitalismo” — porque, afinal, eles querem casa, carro e grana... As tabelas do Datafolha são editadas num misto de pichação com trapaça concretista: o número “60”, por exemplo, aparece num corpo maior do que o “30”, que é maior do que o “10”, sacaram? Legal, né? Às vezes, números e letras se esbarram, uns borrando os outros. Afinal, é um caderno feito por jovens, sobre jovens com uma edição... jovem. A questão é saber se foi lido por uma maioria de jovens — duvido. Caso tenha sido, o que há de errado com as tabelas que eles estão acostumados a ver nos livros e até na Internet? Em algumas páginas, publicam-se textos na diagonal... Pra quê? Suponho que seja para dificultar a leitura...

Sei que tal observação parece uma bobice (e reitero que se trata de um trabalho importante ), mas não é. Em certo sentido, a edição do caderno nos devolve para o centro deste longo texto: boa parte da imprensa (e não é muito diferente em todo o mundo democrático) não se conforma que o povo — os jovens também — possa ser careta, conservador, de direita. Recorre-se nem que seja a uma estética do inconformismo — “moderna” — para evidenciar o conservadorismo, ainda que ela crie mais dificuldades de leitura do que facilidades, ainda que ela mais turve a realidade do que ajude a explicá-la — como é da natureza, diga-se, de quase todos os inconformismos.

Os dados que ali estão, no entanto, são de grande relevância. Seria conveniente que muitos dos nossos políticos, especialmente os que não são de esquerda, começassem a refletir a respeito.

Thursday, July 24, 2008

Dia Mundial do Rock - O Mago da Guitarra, Brian Jones

Sim, eu sei que estou atrasado alguns dias, mas sempre é tempo de comemorar o dia mundial do rock. E dessa vez trago um dos músicos mais talentosos dos anos 60; pai dos Rolling Stones ao lado de Mick Jagger, e autor das canções mais criativas da banda até 1969: Brian Jones.

Brian era filho de um engenheiro da marinha inglesa - Lewis Jones - com uma dona de casa. Foi conhecido pela sua versatilidade musical, tocando vários instrumentos diferentes, ainda que se tenha notabilizado como guitarrista da banda. Músico de origem clássica - aprendeu a tocar com sua mãe que ministrava aulas de piano na Igreja próxima - era inicalmente o único músico da banda capaz de ler e escrever partituras. Apesar da fama e fortuna originada pelo sucesso da banda, Brian, que era um indivíduo inquieto, acabou por se afundar na droga. Em 8 de Junho de 1969, totalmente sem rumo e direção, ele foi demitido dos Stones. Menos de um mês depois, no dia 3 de julho, Brian foi encontrado morto. Ao que se sabe moreeu afogado na piscina de sua casa, Cotchford Farma, em Sussex, antiga casa do escritor A. A. Milne, criador do Ursinho Pooh, que o músico adorava.

Desde sua morte, tida oficialmente como acidental, muitas dúvidas e livros encheram a mídia, alimentando muitas teorias conspiratorias. Apesar dos poucos anos de vida é considerado um dos mentores do estilo adotado pela banda. Deixou um grande número de fãs que cultuam sua imagem e contribuição musical até os dias de hoje.

Brian Jones é autor de vários dos melhores sucessos dos Stones até hoje. Nada contra Mick Taylor e Ronnie Wood - dois grandes músicos e guitarristas - , que vieram a substituí-lo depois, mas Brian era uma personalidade única.

Fiquem com dois grandes sucessos de Brian com os Stones:

Under My Thumb


Simpathy For The Devil

O Rei da Confusão

Olha aí pessoal: esse livro é sensacional. Exatamente como seu personagem central, o doidaço talentosíssimo Tim Maia. Vale muito a pena a leitura se você é daqueles que, além de curtir música, adora mergulhar no submundo. Nelson Motta foi brilhante na narrativa e na sensibilidade ao escrever este livro sobre o gordo mais cafajeste da nossa música. Aliás sem ele não saberíamos o que viria a se chamar funk-rock ou funk-samba, ou mesmo samba-soul, como o próprio Tim definia seu estilo híbrido, criativo e simplesmente genial. Neste livro você também vai esbarrar com personagens como Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Jorge Ben, Paulinho Guitarra e mais um monte de gente talentosa que fez a história da nossa música - que diga-se de passagem, está bem caidinha ultimamente.

Tuesday, July 22, 2008

O Decálogo de Lênin

Há algum tempo atrás recebi uma mensagem de algum pretenso intelectual se dizendo a "voz das esquerdas", que transformei em um texto bem humorado e realista sobre Os 10 Passos para a Cura do Esquerdismo - (se você não leu, leia agora!) . Agora que estamos perto de mais uma eleição (essa enganação que dá emprego à bandido) resolvi postar a mensagem original para que vocês vejam como isso ainda está presente nos dias de hoje (!). É sobre os 10 mandamentos da Ideologia Socialista, escrita em 1913 e atribuída ao lider revolucionário russo Vladimir Lênin, pai do comunismo. Não sei quantos de vocês conhecem isso, mas vale a pena ler.

Notem - como fica aqui bem observado -, que qualquer semelhança com populistas ditadores como Hugo Chávez, Fidel Castro, Evo Moralez, Uribe, etc e com contecimentos atuais e recentes, quase 100 anos depois , não é mera coincidência:


1- Corrompa a juventude , de-lhe a liberdade sexual:

2- Infiltre e controle depois todos os meios de comunicação:

3- Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussôes sobre assuntos sociais;

4- Destrua a confiança do povo em seus líderes,

5- Fale sempre em democracia e Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade, assuma o poder sem qualquer escrúpulo;

6- Colabore com o esbanjamento do dinheiro público, coloque em descrédito a imagem do pa�ís, especialmente no exterior, provoque o pânico e o desassossego na população por meio de inflação;

7- Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrrias vitais do país;

8- Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;

9- Colabore para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes;

10- Procure catalogar todos aqueles que tem armas de fogo, para que sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência.


O mais assustador de tudo isso é que a maioria das pessoas, principalmente os adolescentes de classe média e as menos esclarecidas, vêem toda essa aberração apenas sob o aspecto financeiro, não percebendo que o principal objetivo é um elaborado plano fascista e genocida que visa destruir as instituições e o estado de direito. Igualzinho o que Fidel fez à Cuba e Mao à China; e o que queriam os grupos armados como o PCdoB, o MR8 e ALN durante o regime militar no Brasil. E o mais incrível - e perigoso - é que em pleno século XXI ainda existem pessoas e partidos levantando essa bandeira, mesmo travestida de idéias democráticas e humanitárias. Vide Heloisa Helena, a "Antônia Conselheira" da seita PSOL.

Se hoje em dia, Lamarca, por exemplo, é visto como herói, é mais uma das distorções presentes no país que vivemos.

Monday, July 21, 2008

As Divas da Opinião

TV aberta no Brasil é feito para emburrecer os ainda mais burros. É lixo que não acaba mais. Entretanto na TV por Assinatura também existem programas totalmente inócuos, porém engraçados. O Saia Justa é um deles. Resolvi rebatizar as apresentadoras do programa da seguinte forma:


"A Feia, a Chata, a Bela e a Burra"


A Feia

Enquanto a maioria das mulheres quer ficar sempre mais bonita, Betty Lago se dedica com muito afinco ao processo de enfeiamento constante. E tem obtido grande sucesso. Suas opiniões são desprovidas de substância e ela acredita que consegue chocar as pessoas com palavrões e vulgaridades, a la dercy. Seu cabelo de espanador choca muito mais.


A Chata

Fico imaginando como deve ser entediante sair para beber um chopp com a Márcia Tiburi - se é que ela faz isso nos fins de semana. Ao invés de beber o chopp ela deve ficar lá olhando para o copo e "filosofando" se o copo está metade vazio ou metade cheio. Nas suas opiniões pretensamente filosóficas o objetivo é que ninguém entenda nada mesmo.


A Bela

Pra mim não importa o que ela diga. Só pelo simples fato de poder vê-la já vale o programa. Maitê Proença é uma das mulheres mais lindas do Brasil e sua beleza compensa qualquer gafe que cometa, muito embora ela tenha opiniões bastante sensatas e equilibradas em relação às colegas.


A Burra

Tudo bem que ela é paulista. Mas dizer que o Rio de Janeiro não passa de "um balneário" é comprovar o quão justa é a sua mente. Nem preciso dizer porque Monica Waldvogel foi a escolhida para o singelo pseudônimo acima.

Tuesday, July 15, 2008

A Classe Média é patética

O tal do PM que matou Daniel Duque na porta da Boate Baronete em Ipanema já está em liberdade, diz o "O Globo" de hoje. Segundo o juiz Sidney Rosa da Silva, "não houve prisão em flagrante" e "não havia necessidade de prisão preventiva do policial por falta de indicação de dados concretos por parte do réu que possa frustrar a atividade jurisdicional (...)". (leia a notícia aqui.)

Não se pode avaliar ao certo quem é vítima de quem nessa história, longe de mim acusar um ou outro de algo sem provas, mas fico espantado ao ver tanta gente julgando o policial e esquecendo que a coisa mais comum nas noites do Rio são esses episódios envolvendo mauricinhos filhinhos de papai da zona sul do Rio espancando alguém, destruindo alguma boate ou dirigindo bêbado. Ora, não sei da história pessoal desse Daniel Duque, mas gostaria de saber - se ele é um "anjo do bem", como os pais dizem - o que ele estava fazendo com mais 12 amigos "enfurecidos" (como disse o policial), cercando um casal na porta da boate naquela noite. E o que ele queria ao tentar segurar a arma do PM ? Será que ele queria dominar o poicial para que o resto da galera o enchesse de pancada, como fez covardemente aquele outro grupo em Niterói? Não se sabe, mas é no mínimo suspeito.

Está todo mundo caindo de pau no policial e nem se lembram mais dos últimos acontecimentos envolvendo birita, drogas, violência, covardia e essa molecada patética que azucrina as noites nas boates do Rio. Quantos já sofreram nas mãos desses marginais?

Gostaria de saber o que estes pais que agora choram inconsoláveis com a perda do filho, estiveram fazendo esse tempo todo quando não sabiam por onde seu filho andava e o que ele costumava fazer nas noites de sábado com a "rapaziada". Que valores esses pais - e tantos outros - têm passado aos seus filhos, para permitir que eles se envolvam nessa onda de irresponsabilidade e crimes, num mundo particular onde tudo é permitido? Bandido é bandido, não importa a classe social.

Todos lembram do pai de um daqueles marginais de classe média que espancaram a doméstica na Barra:

"Mulher é tudo assim mesmo, fica roxa com quase nada. (...) Meu filho é estudante, um rapaz sério, de bem, não merece ficar preso por uma besteira dessas (...)"

Esse pai merecia estar na cadeia como cúmplice. Mas ele só demonstra aquela certeza arrogante que a maioria dos brasileiros têm: a certeza da impunidade. Chamou todos de idiotas com a sua colocação. E como ele bem sabia, tudo ficou por isso mesmo. E se um policial aparece na hora e atira no marginalzinho? Certamente o garotão passaria de vilão a vítima, de arruaceiro a "anjo do bem".

O mais surpreendente é que essa mesma classe média que nessa hora clama por paz, é a mesma que consome as drogas dos morros, e sustenta essa violência no Rio. Se é um jovem de subúrbio que morre baleado é bandido. Mas se é da zona sul, é "anjo do bem".

A hipocrisia da classe média é patética.

Thursday, July 10, 2008

Carioca É, antes de tudo.

Outro dia viajei para a região serrana do Rio a fim de descansar e dar uma revigorada a base de cachoeira, mountain bike e silêncio. Esses lugares me fazem muito bem, principalmente quando estão vazios. A única poluição e barulho nesses locais geralmente fica a cargo dos paulistas, uma gente que não sabe andar a pé e ficar de boca calada. Então quando numa trilha de terra, no meio do verde silencioso e perfumado você quase for atropelado por um carro com um som às alturas, pode estar certo que é um representante de São Paulo.

Mas nem só de paulistas se faz uma situação irritante num lugar desses. O carioca também tem suas manias toscas, e as leva para onde vai. Falo especialmente da mania do "surrasco". Aonde quer que vá, não importa com quem nem onde, não importa o espaço e nem a quantidade de pessoas por perto, o carioca monta sua trincheirinha de queimar carne e começa a jogar fumaça e gordura na cara de todo mundo. Mas não é só a fumaça gordurosa: se não tivesse o pagodinho e a TV portátil para ver o futebol às alturas, e urrando feito um macaco - o que faz tremer sempre aquela barriga imensa e indecente que este tipo de carioca ostenta sem nenhum pudor - o espetáculo irritante não ia ficar completo. E as suas senhouras sempre com um cigarrinho numa mão e o copinho de skol na outra, rebolando levemente as celulites fazem o espetáculo ainda mais horroroso.

Pois bem, num lugar tão reservado como o que eu estava, surgiu um tipinho como o que eu descrevi acima, o carioca típico. Veio pela trilha com seu isopor, chegou na margem do rio onde estávamos e começou o ritual. Em alguns minutos já estava tudo empesteado de fumaça e gordura, o pagode rolando num micro system, o cigarro e a skolzinha. Isso tudo sem ao menos pedir licença. O recanto nas montanhas se transformou no inferno da periferia. Fui embora.

Acho que o carioca nunca vai descobrir um meio de se divertir e relaxar sem ter que acender a merda de uma churrasqueira debaixo do seu nariz, e encher a cara de skol.

Carioca não sabe que existe vida além de carnaval, churrasco e cerveja.

Thursday, July 03, 2008

Fanatismo é insuportável

Quem me conhece um pouco, sabe que uma das coisas que mais odeio é futebol. Não o esporte em si, este eu apenas desprezo. Estou me referindo ao futebolismo, esse fanatismo torpe de todo brasileiro que se preze. Definitivamente há poucas coisas que me deixam mais irritado do que essa "alegria futebolística" brasileira.

Exemplo: Na academia onde treino diariamente, há um infeliz que comparece toda noite para encher o ouvido alheio com aquele papo entediante e insuportável sobre futebol. O cara não malha, atrapalha os outros e ainda fala alto - aliás diga-se de passagem falar baixo e falar de futebol são duas coisas que não combinam. Passa a noite provocando os outros - também futebolistas - e falando compulsivamente de primeira divisão, segunda divisão e o cacete a quatro. Confesso que já experimentei a doce vontade de encher a boca do cara com umas anilhas de 10kg ou o impulso irresistível de lançá-lo janela a fora voando direto para o estádio ao lado da academia. Mas vontade dá e passa, infelizmente. Este tipo é um daqueles entre milhões de brasileiros que respira futebol e que se julga técnico: Tem sempre a melhor estratégia para fazer a porra do time vencer. Isso soa familiar?

Pois bem, é o mesmo tipo que berra palavrão da janela e faz um esporro insuportável quando é dia de jogo, não importa a hora. É o tipo que acorda minha filha pequena com fogos e berros às 23h de uma terça-feira. Um tipo que eu teria um prazer quase orgástico em ver caindo do 12º andar do meu prédio num dia como esse. Contudo, essa falta de respeito e de educação é estranhamente tida pela nossa sociedade como uma característica saudável do nosso povo, ou seja, a eterna paixão pelo futebol, um universo sem limites e sem censura, onde tudo é permitido. O errado passa a ser aquele que está apenas tentando relaxar após um exaustivo dia de trabalho e não consegue por motivos óbvios. Aqui no Brasil é preciso pedir desculpas por não ser um macaco ou um selvagem sem cérebro, principalmente nestes dias sacais.

Analogamente aqui ao lado do meu edifício também existe uma igreja. Uma daquelas milhóes de igrejas do ramo pentecostal: a Metodista Wesleyana, uma seita evangélica iniciada por um infeliz anglicano chamado John Wesley, na Inglaterra de 1790. Quase todos os dias da semana, incluindo os sábados e domingos às 8:00 da manhã, sou acordado com cantorias desafinadas e mal tocadas, ou com os berros do pastor expulsando o demônio do corpo de algum pobre coitado. Quando tem festa no pátio da igreja, os crentes soltam morteiros debaixo da minha janela sem nenhum tipo de pudor.
Já tive vontade de berrar num megafone na cara dessa gente fraca, de mente manipulada, que também sou filho de Deus, e por isso mereço sossego, cacete! Mas vontade dá e passa, infelizmente.
Entretanto eu garanto que se eu resolvo comprar uma briga com essa gente, certamente teria o respaldo de quase todo mundo, que já está de saco cheio de tanta barulheira.

Aí vem o paradoxo da coisa: Por que é que no Brasil os evangélicos são antipatizados, considerados tão invasivos, desrespeitosos, fanáticos e são fortemente combatidos enquanto em relação aos nossos inocentes patrícios torcedores tudo isso é sonegado, sendo que os dois grupos têm rigorosamente as mesmas práticas fanáticas e selvagens?

Fanáticos são todos iguais: insuportávelmente irritantes. A única diferença é que aos domingos uns vão rezar no Maracnã e os outros torcer na igreja.

"Deixem o Deus tocar!"

Como minha missão aqui é levar um pouco de cultura e menos idiotice às cabeças alheias, agora vamos falar de livros. Se você não curte leitura é porque pode ser nais idiota do que pensei, mas se gosta, então é uma boa dica. Se gosta de blues e rock, então a dica é quente: Eric Clapton - Autobiografia. O livro é simplesmente genial. Além de ser um auto retrato relato detalhado, doloroso e por vezes cruel da vida do Clapton, reúme toda aquela gente brilhante e criativa dos anos 60 como Jimi Hendrix, Jimmy Page, Pete Toushend, Beatles, Stones, Cream, Stevie Winwood, Jeff Beck e mais um caminhão de artistas consagrados de ontem e de hoje. Vale a pena a leitura, são memórias arrebatadoras e contundentes, surpreendendo até os fãs mais inveterados do músico como eu. Uma obra prima sobre mulheres, drogas, alcool, filhos, morte, vida, e claro, sobre o blues.
(O livro já está linkado para compra pela internet, ok?)

É a selvageria ideológica atacando de novo

Exato. Estou voltando a escrever após meses de inatividade bloggística e por puro exercício da idiotice, porque definitivamente vocês não merecem. Mas volto falando do que mais gosto: a esquerdiotice. O artigo abaixo é do brilhante colunista Reinaldo Azevedo, para a Veja desta semana, esperando que alguma luz surja no horizonte esquerdiota de vocês. Segue:


E quem resgata os nossos pobre alunos, seqüestrados pelos selvagens ideológicos?

Eu não sei se a chamada academia brasileira, a universidade, tem salvação. Acho que não. A máquina de fabricar idiotas é poderosa. Refiro-me, em particular, à área de ciências humanas. O opinionismo, pura expressão da ideologia, não se ocupa nem mesmo de ser lógico. Vamos ao caso.

A Globo News tem a mania de chamar professores para opinar sobre temas momentosos, especialmente quando se está diante de ocorrências inesperadas. E os acadêmicos vão falando. Há pouco, Francisco Carlos Teixeira, professor de história contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro, comentava a libertação de Ingrid Bettancourt, uma operação coordenada pelo presidente Álvaro Uribe. Ao ouvir o moço, pensei: “E quem resgata os pobres alunos que foram seqüestrados por Francisco Carlos?”

Sabem quem é o principal derrotado com a libertação de Ingrid segundo o nosso acadêmico? Ganhou um doce quem respondeu “Álvaro Uribe”. Dá pra acreditar? Ingrid só foi resgatada porque o governo colombiano eliminou a cúpula das Farc. Em menos de uma mês, seus principais dirigentes foram eliminados. Na versão oficial, Tirofijo, a múmia narcoguerrilheira, morreu do coração — se é a guerrilha que diz, não acredito. Acho que ele também levou um pitoco na testa.

Não sabemos ainda detalhes da operação. Tenha sido mesmo um resgate com confronto, tenha ele decorrido da negociação, isso só aconteceu porque as Farc estão ficando sem saída. E isso, é evidente, é uma vitória histórica de Uribe. Teixeira, que é ideológico, mas não é burro, afirmou que o evento é uma derrota para Hugo Chávez. Entenderam? A derrota de Chávez seria também a derrota de Uribe... Não dá, né?

E por que ele afirma essa sandice? Porque Ingrid, claro, é popular e pode vir a se candidatar para a presidência da Colômbia, o que contrariaria os planos continuístas de Álvaro Uribe. Ela vai se candidatar mesmo? Estará em condições físicas e psicológicas para tanto?

Uma pergunta da jornalista revelou o substrato da tese de Teixeira. Indagado sobre a redução da violência na Colômbia, o homem teve a coragem de dizer que caiu o número de batedores de carteira, mas que o Plano Colômbia fracassou, já que cresceu a produção de cocaína no país. Data vênia, é um misto de mentira com delinqüência teórica. Os assassinatos — e não carteiras roubadas — caíram mais de 70% em cidades como Bogotá e Medelin. A Colômbia legal vive um momento de notável estabilidade econômica. O chamado Plano Colômbia quebrou a espinha da guerrilha. A produção de drogas cresceu na Bolívia, por exemplo — onde não existe Plano Colômbia. Ademais, no meu esforço de resgatar os alunos de Teixeira, indago, de braços dados com a lógica: se a produção de drogas cresceu com o Plano Colômbia, como seria sem ele?

Afinal, qual é o busílis? O busílis é que Uribe não é “um deles”. Não fica repetindo esses mantras idiotas dos esquerdopatas — aquela patacoada que se viu ontem na reunião do Mercosul. E, por isso, mesmo quando vence, declara-se a sua derrota.

Não custa lembrar que o Brasil, junto com a Venezuela, liderou o esforço para demonizar a Colômbia por conta da “invasão” do território equatoriano, na operação que matou o terrorista pançudo, Raúl Reyes, o primeiro do núcleo duro da guerrilha a morrer. Quem não se lembra de Marco Aurélio Top Top Garcia, com seu chapéu Panamá, na mata colombiana, para resgatar reféns, naquela pantomima armada por Hugo Chávez?

Uribe nunca caiu na conversa. E está vencendo os terroristas como o terrorismo deve ser vencido: com armas — e inteligência militar. Os nossos “progressistas” não suportam isso. Eles querem as Farc, como é mesmo?, integradas à legalidade.

E encerro observando: a Globo News chama acadêmicos porque, em tese, conseguiria análises mais profundas do que os canais abertos de TV. Besteira! O expediente só acrescenta suposta autoridade intelectual a mentiras as mais deslavadas. Daqui a pouco, o Jornal Nacional, com notável objetividade, dirá tudo o que é preciso saber sobre o assunto, sem o descaramento ideológico.

E depois os telespectadores assistirão à novela A Favorita — que civiliza muito mais do que a maioria dos nossos acadêmicos. Na novela, ao menos, dizem-se algumas verdades morais por meio da ficcção. A academia está se tornando notável por afirmar mentiras grotescas manipulando os fatos da vida real.